Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
tesouro / me

Uma voz esclareceu que, naquela região da África, não havia livros de religião tal como encontramos em outras culturas. Nem sequer havia um conceito de religião, pois ela estava plenamente mesclada à natureza e à vida, a própria natureza e a vida já grafavam a religião. Contudo, os povos locais foram se extinguindo. Um padre, preocupado com as perdas culturais, escreveu tudo que pode da religiosidade, sem adulterar nada. Usou tinta venenosa, graças à qual muitos morreram, inclusive ele. Anos depois, um menino encontrou o corpo, abraçado no livro, submerso num córrego cristalino. O padre não havia se putrefeito, as águas já haviam lavado o veneno. O menino descobria o livro sob o olhar de espíritos ancestrais.
monstruosa e linda / me

seus quatro olhos

feito os indianos

todos ao meu gosto

eram lindos monstros

dois dos olhos

tal como os humanos

dois dos olhos

nas maçãs do rosto
me voy bailar / me

un zapato

un paso

una milonga

me ponga
renascendo no beco / me

quando eu

mendigo

e vem o sol

bendigo
Cronópio leva o carro à oficina / me

Ocorreu-me que eu tinha de levar um carro à oficina. A mãe ofereceu carona. De acordo. Fomos no carro dela. Por que eu peguei carona no carro não precisava ir à oficina? Por que eu teria um carro se eu não dirigia? Por que eu iria à oficina se eu nem tinha carro?



Sou um cronópio verde e úmido...



PS: De acordo com um ilustríssimo fama da Sociedade Psicoanalítica, todo cronópio tem um caso mal resolvido com a mãe e acaba embarcando na carona.
Los besos / me

"see the Light, oh Love. Love is aLL i need to Live my Life. see the Light." minty styLe



Los Labios

Las Lenguas

Los Lazos
Cantiga / me

Vamos brincar?



Ciranda cirandinha

Vamos todos cirandar

Vamos dar uma voltinha

Volta e meia vamos dar



Mãos no meio!



Ciranda cirandão

Vamos todos cirandar

Põe no meio a sua mão

E não pare de girar



De mãos dadas!



Ciranda ciranduba

Vamos todos cirandar

Dê a mão pra sua dupla

E com ela vá girar



Vamos a cavalo!



Ciranda cirandope

Vamos todos cirandar

Na garupa a galope

Cavalgando para o mar



[Depois, esqueci o resto.]
Bem-me-quer, mal-me-quer / me

eu te amo

eu te quero

eu procuro



e tu queres Michel

eu sou Michel

eu não sou Michel

me chamam de Michel

um engano



eu estou ausente

ausente

de mim mesmo
3 sonhos / me

Por três vezes eu parti

Por três vezes retornei

Duas vezes eu sofri

E numa vez me alegrei



Primeiro, a moça loura

Errou por querer errar

Nada, nada que se louva



Segundo, a moça amiga

Errou querendo acertar

Mas foi a própria inimiga



E no fim, vi todas bem

Erros a se superar

De fantasmas do meu além
corda branca / me

à beira

do caminho

uma corda

corda branca

da direita

pr‘esquerda

de minha mão

à minha outra

eu leio

placas de prata

costuradas

em espanhol

até a ponta

e na ponta

uma chave

e um...

falo?

não

um pêndulo

rústico



Se a corda branca pertence ao neófito,

eu aguardo a próximo cor.