Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
cartum animado / en_drigo

era como se eu lesse um cartum.



no pátio da escola, o menino era apaixonado pela menina e sentia vontade de dizer a ela que seu amor crescia como se fossem sementes.

de pronto, serviu de chacota a todos os colegas, que riram muito e o menino diminuiu.



a hora do recreio acabou e todos foram chamados a sentar fora da sala de aula, encostados na parede. o menino, hostilizado pelos colegas - afinal, nutria sentimentos tal qual sementes - não encontrou lugar pra sentar, a nao ser um, muito isolado.



e menina sentou perto do menino. e no meio da aula - aula esta ao ar livre -, enquanto o sol se punha, ela tratou ele com muita naturalidade. olhava-o muito e sorria e eles ficaram assim, o resto da tarde, comunicando-se por sinais.
o mar / Kríscia

Sonho muito com o mar, na maioria das vezes é escuro e muito fundo, mas eu nao me afogo, é como se estivesse boiando!! O mais estranho é que nunca sei o final do sonho... nao é que eu acorde, mas eu nunca sei o que acontece comigo, nao sei se sobrevivo ou se morro. Não sei!!!
Onde estou? / Susanitta

Esse sonho me perseguiu durante a infância por muitas noites...

Eu saia com meu pai, desciamos a rua e de repente estavamos em um enorme campo com gramado muito verde, montanhas, haviam muitas arvores e entre elas muitos caminhos, eu ficava adimirando a paisagem e me perdia do meu pai, e então seguia por todos os caminhos sozinha, até que encontrava o caminho de volta, subia a rua em direção a minha casa, mas quando eu chegava a minha casa não estava mais lá, tivera desaparecido então eu preocurava pelo bairro inteiro e não a encontrava, e também não conhecia nenhuma das pessoas que cruzavam meu caminho.
Perdida na escuridão / Susanitta

Estava em um a academia onde só haviam bicicletas com minha irmã que malhava, segura no meu colo uma criança, uma linda garotinha, sem ouvir o que se falava dei a criança a minha irmã quando ela terminou e ela pediu para que eu fosse a uma outra cidade, mas que eu tinha que ir pela estrada que ela mandou.

De repente me vi descendo uma rua muito longa e estreita totalmente escura onde eu só via quando os carros acendiam os faróis começou a chuver e eu caminhava desesperada entre os carros desviando e segurando em uma das divisões das ruas, estava exatamente no meio da rua.

Já exausta avistei um onibus, corri e consegui entrar, mas ele me levava na direção oposta, e eu descia e continuava a caminhar para baixo.

Era como se alguma força estivesse me orientando a subir, e outra me ordenando a subir, acabei perdida em um jardim sem flores.
diamantes e margarina / li

minha mãe e tia tinham recebido, como pagamento de uma herança, uma grande quantidade de dinheiro e a outra parte do pagamento consistia em diamantes. Minha tia e mãe pediram para o meu tio ir ao banco depositar o dinheiro e vender os diamantes. Ao retornar, meu tio avisou que os diamantes eram falsos, não passavam de imitações de vidro que acabaram se quebrando. Todos ficaram furiosos e minha tia chamou um advogado, que era vereador, para processar quem tinha efetuado o pagamento. O advogado entrou pela nossa casa de rompante e era um homem muito grande, feio e grosseiro. Eu chegava na casa com dois potes de margarina, um tamanho normal e outro com 50kg de margarina. Minha mãe dizia que eu precisaria comer todo o pote de 50 kg, enquanto minha tia chamou o seu marido e o comunicou que queria a separação.
Senhor do castelo

Eu passeava por um campo aberto, de grama verde, mas encharcado em alguns pontos.



Tenho a sensação que o local era a Escócia.



Em determinada parte do terreno, haviam escombros do que fora um antigo castelo medieval. Alguma guerra, do nosso tempo ou de eras passadas, dera termo ao que um dia fora uma fascinante construção.



Então, não sei se alucinação ou golpe de vista, quando eu olhava na direção dos escombros, tinha a nítida impressão que via o castelo, quando olhava de novo, ele tinha desaparecido.



Apareceram dois homens, que me viram e vieram correndo.



"Milorde, o que houve, o senhor sumiu...! "



Fiquei aborrecida, parecia uma piada de mau gosto.



"Como podem ver, não sou um homem !" - Reclamei.



Eles arregalaram os olhos e me miraram de alto a baixo, incrédulos.



Era o milorde, porque estava com um corpo de mulher, isso era um mistério.



"Perdoe-nos, por gentileza. Você já foi um homem, milady, e hoje é uma moça. Não foi hoje, foi antes de você andar na barriga de sua mãe... Era sua alma, não o seu corpo. Mas nunca nos esquecemos..."



O outro homem fez um gesto largo, com o braço abarcando parte do espaço que teria sido ocupado pelo castelo.



"E esse será sempre o seu castelo, ainda que para a senhorita pareça que só restem escombros."
Morte dos Amantes / Leela

Este sonho eu assisti, sem me intrometer - expectadora passiva.



Estava na França, e havia um jovem senhor, dos seus quarenta e poucos anos, muito bonito, por sinal.



Ele era casado com uma mulher, porém não a amava mais. Tinham uma filha de dezesseis anos que era tranquila - ninguém imaginaria o que ela estava prestes a fazer.



O homem tinha uma amante árabe, da idade da filha dele. A amante parecia com a Hale Berry quando mais nova.



No dia da festa de debutante da filha do homem adúltero, ele apareceu na casa levando a amante, pouco antes de começarem as festividades. Ele estava disposto a esclarecer tudo com a esposa.



Do alto da escadaria da sala, a filha viu o pai com a outra e os ameaçou de morte.



"Deixa disso" - Disse o homem - "Você andou bebendo ou fumando, é isso !"



A filha não estava brincando. Sacou uma arma e atirou contra os dois, que saíram correndo, tomaram um carro e fugiram da louca. Só que a revoltada também tinha pego um carro e corria atrás dos dois, atirando.



Na fuga, os dois bateram com o carro numa carreta. Eu não sei porque senti meu crânio se esmigalhando, se eu não estava dentro do carro e apenas assistia à tragédia.
Rui / Leela

Sonhei que , à noite, enquanto dormia, meu espírito deixava o corpo e eu saía pela janela de meu quarto, sobrevoava pouco a pouco o telhado do vizinho mais prózimo, depois subia mais alto, até deixar o bairro, a cidade, por fim, o país.



"Quero ver o Rui." - Pensei, mentalizando Portugal.



Senti o ar salgado do Atlântico, de quando em quando mergulhando na água escura e fria ( me deixavam nervosa aqueles breves mergulhos, parecia que ia me afogar )



Vi um grupo de três ou quatro baleias de espécie que não sei agora definir. Expeliam água para cima, e eu tive medo delas.



Também sobrevoei os navios. Eu acho que voava na diagonal, pois via tudo de lado.



Finalmente cheguei na Península Ibérica, avistava o continente de longe. Lá entrei no prédio onde o Rui Manuel morava na época, ele estava deitado na cama às onze da manhã, triste, deprimido, e eu sentia imensa pena dele. "Minha vida sentimental é um deserto", ele pensava, e eu podia ler seus pensamentos.

Mãe / Leela

Eu estava no colégio onde estudei desde o jardim de infância até o último ano do ensino médio. Acho que foi uma aula extraclasse, tinha uma japonesa inteligentíssima, que era quem conduzia a aula.



A japa, além de ser gente boa pra caramba, manjava tudo de todas as matérias, além de ser fera em qualquer tipo de arte !



Em trajes típicos de sua raça, tentava nos ensinar uma espécie de ballet que começava como clássico e terminava que nem matrix, com paradinhas no ar, piruetas muito loucas !



Lembro que eu estava vestindo somente uma camiseta branca longa, até os joelhos, a exemplo de todos os alunos.



Então, de repente, na turma que só tinha gente jovem como eu, ou até mais novos, surgiu um senhor duns 50 a 60 anos, loiro e com ar bondoso - "Preciso falar com seu pai" - ele me disse - "A sua mãe faleceu..."



Eu fiquei desesperada e saí da sala.



Não se de onde apareceu um homem de pele muito clara, duns 50 e poucos anos e cabelo grisalho. Ele foi atrás de mim.



No sonho, achava normal sua presença. Pela sua vibração, sinto que era meu guia espiritual, uma espécie de protetor ou anjo da guarda.



Este homem me acompanhou quando saí correndo para pegar o trem, ficou comigo o tempo todo. Eu estava tão tonta que mal conseguia andar, então dei o braço a ele.



Eu chorava muito, dizendo que não devia ter passado a vida toda brigando tanto com minha mãe. O homem apenas ouvia em silêncio, com expressão atenta e carinhosa, sem dizer palavra.



"Ela devia ter cuidado mais daquele estômago !" - Lamentei.



Foi um sonho tão dolorosamente real, que quando acordei, senti que minha vida precisava mudar, eu era muito negativa.

Os peixes / Leela

Dentro do sonho, um espírito que se autodenominava "Welingto" (sic) foi quem me narrou essa estória, e eu a vi se desenrolar como cenas de um filme.



Um povoado pobre sofria com a escassez de peixes.



Enquanto três ou quatro homens e mulheres voltaram, esperançosos, para o rio, com água no meio das coxas, alguém sugeriu que rezassem uma oração da Umbanda.



Outra pessoa disse que "a umbanda era fraca, só rezavam e pediam a Deus", que o "candomblé era forte, pois arriava logo as obrigações e os espíritos especialistas atendiam com urgência"



O chefe decidiu: "Primeiro façamos conforme a Lei de Umbanda."



E as redes se encheram de peixes de tamanho médio a grande, foi uma fartura !



Mas a pessoa que preferia o candomblé logo insinuou - "Peixes muito pequenos ! Precisamos de maiores !"



Fez todo um ritual africano de raiz, e voltaram para a água. Quando já estavam bem distante da margem, apareceu um enorme peixe, gigantesco como nunca se viu, e engoliu todos quatro numa bocada só.



"Moral da estória:" disse o espírito chamado "Welingto" (sic)



"Não é qualquer um que consegue usar corretamente e dominar a magia do candomblé. Melhor deixar isso para quem sabe e quem pode. Os resultados podem ser fatais.