Drömma

aisling . dream . rêve . sogno . sonho . sueño . traum . śnić
Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Torre Eiffel em Bagé / Elcio

Eu trabalhava em uma obra no bairro São Judas, em Bagé, depois da ponte, a esquerda e em frente a pedreira de onde, no período de seca, tiravam água. Eu estava dentro daquela obra que era muito larga na parte inferior e depois ia se estreitando na parte superior e sempre muito preocupado com os pedaços de material que caiam enquanto os operários serravam e soldavam. Já me encontrava cansado e ninguém dizia quando o expediente iria terminar, até que um dos capatazes estava saindo e eu perguntei quando terminava o expediente. Ele me disse que cada um fazia o seu tempo: chegava cedo saia cedo, chegava tarde saia tarde. Eu havia chegado cedo e então resolvi ir embora. Saí com o propósito de comprar pão antes de chegar em casa, passei a ponte e cheguei na Igreja de São Judas Tadeu aí eu olhei para trás e vi imponente, quase terminada a Torre Eiffel que nós estávamos construindo. Eu tinha duas opções de caminho para voltar: pela faixa que sai na Artilharia ou pela rua que vai sair na Associação Rural e que ainda estava em terra. Na faixa havia uma carroça onde estavam uns caras muito mal encarados e provocando todos que passavam. Para evitar conflito optei pela segunda na qual havia uma padaria, eu caminhava vestindo apenas uma bermuda branca e notei que não tinha dinheiro para comprar pão, depois eu trafegava de bicicleta dirigindo com uma mão e com um saco de leite na outra a grande velocidade e de repente a estrada terminava em uma transversal. Freei por uma longa distância achando que não ia conseguir vencer a curva, mas ela respondeu e eu consegui manobrar e desviar do trânsito que vinha no sentido contrário e acordei. Loucura!
Levitação / Elcio

Estávamos com toda a família em um casarão enorme, quase sem móveis (ou talvez por ser grande parecesse não ter tantos móveis) e eu chamava a atenção do Dimitre que estava sentado no chão desenhando, para ele ver como era fácil levitar; esvaziar a mente e começar a sair do chão, mas isso acontecia só na vertical, se eu quisesse me movimentar na horizontal tinha que bracear como se estivesse nadando. Ele levantou a cabeça, ficou olhando e sorrindo enquanto eu fazia voltas ao redor da sala. Não podia conversar nem pensar em outra coisa pois se eu me desconcentrasse, baixava e fiquei impressionado com a facilidade e naturalidade com que eu conseguia fazer aquilo.
Casa velha / Elcio

Eu estava no casarão onde funciona a Clínica Gaffrée em Bagé, encarregado de fazer uma entrevista com o ator que faz o papel do Banqueiro Batista na novela "O Cravo e a Rosa". Ele se encontrava sentado em uma poltrona de madeira vergada de três lugares no saguão e ao redor do saguão muita gente esperando por consulta. Sentei ao lado dele me apresentei e começamos um papo informal. Nisso ele puxou um lenço e, resmungando limpou alguma coisa da manga de um casaco azul marinho. Prestando atenção vi que era uma larva de mosca. Então começou a aparecer uma quantidade enorme de larvas de todos os tamanhos e parecia que o piso todo estava se movendo. Alertei o pessoal sobre o problema e eles começaram a sair apressadamente. O ator coçou as nádegas e disse que estava com uma comichãozinha, ao que eu respondi que podia ser uma das larvas querendo entrar... acordei.
Pintura / Elcio

Estava reformando uma casa que havia comprado e ia todos os dias lá para ver como andava a coisa. Então sonhei que ao chegar lá um dia, encontrei na rua uns duzentos ou trezentos galões de tinta vazios atirados na frente da casa; eram tantos que dava para, empilhando, fazer uma parede da altura e largura da casa. Eu começava a contar para depois multiplicar pelo preço e ver quanto havia gasto no item tinta, mas acabava perdendo a conta porque tinha que levar em consideração que nem todos custaram o mesmo preço. Isso aconteceu uma, duas, três vezes e já estava procurando um outro meio de resolver o problema quando, para alívio, acordei. Mas ainda fiquei um bom tempo fazendo contas...
O Ateu / Elcio

Estava passeando com uma turma por cidades da Serra gaúcha, quando encontrei um ex-aluno que fazia parte do coro de uma igreja da região. Não sei como, mas fiquei sabendo que ele havia sido expulso do coro e da igreja por haver, um dia, se atrasado para um ensaio. A igreja tinha uma vitrine na parte da frente onde estavam expostos estatuas de santos, terços e livros de vários tamanhos. Nós estávamos na praça, na frente da igreja e eu notei que esse aluno estava em frente à vitrina, com um livro na mão e olhando ansioso para o interior da igreja. Nisso começaram a chegar vários padres, vinham em fila indiana e entravam no templo, pois iria iniciar o culto. O penúltimo ou antepenúltimo personagem era um padre alto e magro que eu soube, não sei como, ser o responsável pela expulsão do rapaz. Deteve-se por instantes, encarou o rapaz com desdém e com um gesto de desprezo, entrou na igreja. Aquilo me ferveu o sangue, me deixou indignado e eu me apartei da turma e entrei na igreja também. Uma rápida olhada e localizei o padre responsável pelo problema, me aproximei, entrei no banco de trás e me ajoelhando fiquei a centímetros de sua orelha, e disse: Você não é o bom pastor?... Aquele, que segundo Jesus, abandona o rebanho para ir atrás da ovelha perdida?... Vai deixar aquela ovelha que quer voltar ao rebanho fora do redil?... Se deixar, o lobo vem e a leva para o outro lado. Se eu fosse você, saia agora e, de braços abertos iria receber aquele que, está demonstrando querer fazer parte da tua congregação. O padre se voltou para mim, me encarou e perguntou: Quem é você? E eu respondi: Ah! Isso não interessa, eu sou ateu!
Me mataram com um isqueiro. / Elcio

Isso teria acontecido na década de 60 em que eu era pouco mais que um adolescente. No lado da minha casa havia um terreno baldio onde, para armar as barracas para dormir no verão, nós emparelhávamos, cavando na parte mais alta e jogando a terra para a parte mais baixa; ao lado da casa do outro lado da rua também havia um terreno baldio no qual jogávamos bola por ser mais plano. Eu estudava no João Neves da Fontoura à noite e saía de casa às 18h50min horas para atravessar a cidade e chegar ao colégio cujas aulas iniciavam às 19h30min horas. Eu estava saindo da casa de meus pais para ir à aula e cumprimentei um amigo e vizinho que estava no campinho de futebol manuseando um objeto prateado. Aí ele me chamou para mostrar o presente: era um isqueiro quadrado de fluído, desses que se abre a tampa para ascender. Sem motivo e sem provocação ele disse que ia me dar um tiro e puxando o isqueiro atirou no meu peito. Eu senti o impacto e a dor, mas permaneci de pé pensando e agora, não vou poder ir para o colégio, então abri a camisa que não havia sido perfurada e vi que meu peito estava cheio de feridinhas já com casca e disse: cara, tu me matou! E ele respondeu: Bah! É mesmo! E agora não adianta nem chamar um médico. Então eu fui para casa e perguntei para meu pai o que eu devia fazer com o corpo. Meu pai respondeu: Ué, agora tem que enterrar. Então eu segurei o meu corpo e o coloquei no ombro e com a outra mão peguei uma enxada, fui até o local onde armava a barraca que já estava parcialmente cavado, larguei o corpo ao lado do buraco, cavei mais um pouco e me enterrei, mas a cova havia ficado muito rasa e eu tive que trazer um monte de terra para tapar todo o corpo.
Formaturas / Elcio

Começa que eu ainda estava lecionando na Universidade e havia sido convidado a participar de duas formaturas como professor homenageado. A formatura de Ciências contábeis seria no sábado e a de Administração de Empresas no domingo. A formatura de contábeis eu participei, felicitando e abraçando todos os formandos e depois viajamos para Tramandaí para o noivado da filha. Neste ponto nós já estávamos em casa, eu arquivando umas contas que haviam sido pagas e minha esposa tirando o pó de uma estante e deveria ser umas 10:00 horas da manhã de segunda-feira, quando toca a campainha. Era uma senhora bastante jovem, de cabelos curtos que apresentou-se como representante da turma de Administração, que passava lá em casa para deixar um cheque, já que eu não havia estado na formatura para recebê-lo. Minha esposa pegou o cheque e disse: olha, é um cheque de R$74.614,00 e assinado por todos os teus alunos.
Andando Nu / Elcio

Seguidamente sonho que vou para a Universidade dar minhas aulas com a pasta com livros e cadernos de chamada e... completamente nu; olho em volta, todos os meus colegas e alunos estão vestidos. Tento identificar em seus rostos algum assombro ou a mais leve surpresa, mas parece que sou invisível e ninguém nota, só eu. A minha vontade é sair correndo, me esconder, ir para casa, mas eu tenho o compromisso de dar minhas aulas e... para meu alívio, acordo.
Coisa de Neflins / Elcio

O Sonho

Eu andava envolvido, pesquisando sobre os Neflins (extra-terrestres) que supostamente criaram os homens para seus escravos; e que antes haviam feito experiências com animais, de onde surgiram criaturas como os tritões, harpias, minotauros, centauros, faunos etc., e ao dormir acabo sonhando com um centauro.
“Lá estava eu, sentado em uma pedra olhando aquele centauro andando de um lado para outro; a parte de trás de um cavalo preto com pelo brilhoso; a parte da frente de um homem branco, forte do cabelo preto comprido.
Eu fiquei pensando em como deveria se alimentar para manter aquele corpo todo; se o homem pastava como um animal ou se sentava em uma mesa e comia como um cavalo; como dormia: numa cama como a gente ou no campo tipo bicho; se ficava excitado ao ver uma égua ou uma mulher. E aí começou a relinchar, uma, duas, três vezes. Acordei e continuei ouvindo os relinchos, até me localizar e constatar que eram alguns cavalos que ficam em um campo perto de minha casa.