Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Preso no aeroporto / dromni

Sonho que tenho de viajar para a Croácia (???) a trabalho, e o itinerário passado pela companhia aérea é tão maluco que meu avião sai de um aeroporto e pousa em outro *na mesma cidade* antes de ir ao destino final.

Erro o aeroporto inicial, porque no sonho existe um outro aeroporto internacional de Belo Horizonte que na verdade fica em Contagem; eu havia ido para o de Confins.

Chegando ao aeroporto certo, descubro que meu vôo já partiu. Um funcionário da companhia aérea (que é um ator coroa e careca, meio gordo e de olhos azuis, que já vi numas séries) tenta alocar um novo vôo para mim.

Enquanto isso, descubro meus colegas de trabalho no salão de embarque. Eles não se atrasaram, vão num vôo diferente do meu. Peço ao funcionário careca para me colocar no mesmo vôo.

Descubro que meu chefe tem uma nova versão de iPhone que projeta hologramas. O usuário pode conversar com uma imagem 3D da pessoa do outro lado da ligação, a qual aparece de pé e em tamanho natural à sua frente. O aparelho tem ainda a funcionalidade bizarra de tornar coisas ao seu redor invisíveis: se o usuário acha que barulhos e pessoas ao seu redor estão atrapalhando sua ligação, pode "sumir" com eles. Tento falar com meu chefe durante a ligação que ele está fazendo, e ele me "some" com esse recurso: vejo minha mão ficando transparente até chegar à invisibilidade, e quando tento falar minha voz não produz mais som.
O Sonho do Falso Corcovado Transmorfo / dromni

Sonho que algum tipo de supervilão me teleporta para o "alto do Corcovado". Só que não é um corcovado como o do mundo real. Na verdade é um imenso monolito de pedra negra polida, parecido com aquele do "2001", só que com centenas de metros de altura, colocado de pé no meio de uma grande cidade (que para o sonho é o Rio, mas parece bem diferente vista do alto).



Morro de pavor com a altura, e fico deitado de bruços com pânico de ver a altura das beiradas. Tenho medo de dormir, me mexer durante o sono e cair do monolito. Venta muito e está frio, e a exposição aos elementos naquelas alturas traz uma sensação de completo desamparo e desespero.



Então, o monolito começa a se "morfar", alterando sua forma geométrica perfeita para algo cada vez mais parecido com uma montanha rochosa de verdade. O processo é inócuo para mim, e na verdade depois que o chão vira pedra comum, talvez granito (em vez da pedra negra vítrea que parecia escorregadia) tenho até coragem de ficar de pé. Vejo que não só a forma e textura da pedra estão se alterando, mas também começam a miraculosamente aparecer árvores e casas ao meu redor. Estranhamente, nessa nova paisagem agora é noite, em vez do dia nublado de segundos atrás.



A metamorfose pára e vejo que esse "Corcovado" tem um topo apenas com algumas casas no meio do mato. Não há Cristo Redentor e nem turistas, ou pessoas de qualquer tipo; está tudo deserto. Então, começo a descer a montanha e sem percepção de tempo e esforço logo estou no seu sopé, já andando em meio à cidade que deveria ser o Rio mas não é, onde de novo faz um dia nublado...
O Sonho da Auto-Decapitação / dromni

Sonho que chego à conclusão de que o melhor meio de me barbear é com a cabeça destacada do corpo. No banheiro, pego uma navalha e começo a cortar meu pescoço. Estranhamente, não existe qualquer dor aguda, e apenas filetes discretos de sangue escorrem.



Ocorre um "intervalo" no sonho onde supõe-se que de alguma forma cortei minha cabeça, fiz minha barba e coloquei de novo a cabeça sobre o corpo, pois agora me vejo no espelho de barba feita e com uma fina linha vermelha correndo a circunferência do pescoço junto aos ombros. Estou feliz com o resultado da técnica de barbeamento.



O problema, porém, é que minha cabeça está solta. Não a costurei de volta ou algo assim, e ela está apenas repousando sobre o meu corpo, como um vaso no alto de um pedestal. Assim, qualquer movimento brusco pode derrubar minha cabeça no chão. Eu espero que a coagulação do sangue e a cicatrização dos tecidos logo colem a cabeça de volta, mas enquanto isso ando com muito cuidado, segurando minha cabeça com uma mão como se fosse um chapéu sob ventania. E ando o tempo todo assim, por toda parte. Aparentemente estou numa universidade ou algo assim, pois segurando minha cabeça ando por corredores que dão acesso a salas de aulas, laboratórios, pátios, etc, todos cheios de jovens.



Às vezes faço um movimento mais brusco e sinto que minha cabeça se desloca um pouquinho sobre o corte, deixando beiradas destampadas por onde sai sangue. Além disso, tenho medo de esquecer de segurar minha cabeça, ela cair e eu sofrer uma fratura/traumatismo craniano.



Subitamente, percebo que não faz o menor sentido médico eu ter cortado minha coluna vertebral na altura do pescoço na hora de separar a cabeça e no entanto não ter ficado tetraplégico. Percebo então que aquilo deve ser um sonho. Acordo e noto, feliz, que continuo com a cabeça firmemente unida ao corpo.
Sinal de perigo / dromni

O meu gato morto há um ano, o Picolino, aparece para mim e diz sem palavras que haverá uma grande catástrofe e muitas pessoas ficarão sem casa. Então me teleporto para um carro em uma avenida ou via expressa aparentemente no Rio. É um carro da Globo e estão fazendo uma reportagem do Fantástico. O carro acompanha e filma uma casa sobre rodas que é uma esfera se movendo sobre rodinhas, junto com o fluxo de veículos, como se fosse um carro normal. A esfera é enorme e se projeta por cima dos carros ao redor; ela se apóia sobre uma coluna na base da qual ficam as rodinhas. Vê-se pelas janelas da esfera que existem pessoas lá dentro, e uma delas está com um volante nas mãos.
Sonho Hitchcockiano de zumbis / dromni

Sonho que estou no Prado e subindo no viaduto que vai dar do outro lado do rio, já no Padre Eustáquio - um caminho que fiz umas boas vezes nas épocas em que morava no Prado ou na divisa de Carlos Prates com Padre Eustáquio. É um dia de sol com poucas nuvens. Mas - como em vários outros sonhos meus - as ruas estão completamente desertas, sem pessoas e sem carros. O problema é que nesse sonho *sei* pelo Conhecimento Onírico que as ruas estão assim por causa de uma infestação de zumbis. (Imagino que devem ser zumbis-vampiros igual os do "I am Legend", para explicar porque eles não perambulam pelas ruas de dia.)

No melhor estilo Hollywoodiano, estou acompanhado por uma moça e um menino que nunca vi mais gordos (de novo, "Eu sou a Lenda"). Estamos procurando uma base improvisada do exército onde estão pesquisando uma vacina para a infestação zumbi e acolhendo refugiados não-infectados.

Acabamos achando a base na comprida ladeira do Padre Eustáquio logo depois do viaduto. É uma casa dos Anos 60, dessas "modernosas" sem telhado com garagem embaixo e o deck residencial em cima - acho que tem colunas em Y também. Há um jardim estupidamente verdejante e muito denso na frente, e hera corre pelas paredes e muros. (Em retrospecto, talvez o jardim oculte as luzes e atividades da casa, tornando-a pouco chamativa para os zumbis à noite.) Ah, e a casa é branca e vermelha, com paredes de azulejos brancos alternadas com outras de tijolinhos vermelhos.

Os milicos nos alojam no primeiro andar da casa. Curiosamente eu não tinha medo quando estava andando na rua, no sol, mas dentro da casa sinto muito medo. É que tenho a consciência de que, no porão da casa, estão os cientistas fazendo experiências com zumbis. Às vezes imagino que estou ouvindo gritos horríveis, quase inumanos, vindos de baixo, mas o som é muito abafado e distante e pode ser também vindo da rua.

Em algum momento, quando os milicos por algum motivo baixam a guarda, resolvo descer para o porão e espiar o que está acontecendo. Encontro o laboratório vazio, e tudo parece bem bagunçado, com móveis tombados, vidros derramados sobre a mesa e manchas de um líquido verde gosmento em algumas paredes e vidraças. O laboratório é enorme e todo subdividido com divisórias de vidro ou opacas. Ando com muito cuidado e muito medo, tentando não fazer barulho, porque minha suspeita é a de que um ou mais zumbis escaparam e os cientistas e milicos já estão todos ou mortos ou transformados. No momento em que vou cuidadosamente abrir uma porta, com muito medo do que está por trás dela, o sonho acaba.

Acordei no meio da noite com isso e com o coração batendo descontroladamente. Tive dificuldade para voltar a dormir depois. Interessantemente, nesse sonho não cheguei a ver nenhum dos zumbis, mas a simples noção de que eles estavam por perto já me enchia de medo. Nesse sentido eu diria que é um sonho "Hitchcokiano", onde o suspense foi muito trabalhado, sem nada sendo mostrado muito explicitamente...