Nesta festa haviam muitos muleques de favela. Muitos estudavam ali e outros muitos só eram amigos destes que ali estudavam.
Então eu me sentei numa mesa onde dois desses meninos discutiam sobre "negócios" e quando eu ohava na direção deles eles ora me olhavam feio, ora me diziam pra olhar em alguma outra direção.
Em algum momento nós começamos a conversar e então descubrimos que tínhamos um conhecido em comum, o Zé, e que eles o viam regularmente.
Eu fiz algumas perguntas e dentre elas, se ele ainda empinava pipas.
Eles responderam que sim.
Em seguida, eu estava com esses dois garotos e também com o Zé, no campo do tiquatira e a discussão sobre pipas, cortante e rabiola e sobre o trabalho que isso tudo dava, e também sobre o tipo de linha que cada um usava.
Diziam que o Zé, agora, estava usando linha zero, mas dobrada em dois.
Então fomos todos empinar pipas, juntos, naquele campo.