Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Festa da Missa / Mário Bevilaqua

O sonho começa num aeroporto... Por alguma razão, um vôo que não era o meu estava atrasado (e muito) – esse fato não fica claro para mim, só depois percebi – aparentemente por minha causa. Na verdade eu acabara de chegar e o vôo atrasado era no mesmo avião que me trouxe. Eu fui ao guichê de check-in desse vôo para explicar q minha bagagem não estava mais no avião (motivo pelo qual julguei ser a causa do atraso) – eu não estava sozinho... Tinha outra pessoa comigo e fomos ao guichê juntos. A identidade dessa pessoa não é clara para mim, em um primeiro momento, era um homem e logo em seguida, uma mulher (talvez a Marcele, professora de matemática da escola onde trabalho). Por algum motivo (ou alguma confusão), acabamos dentro do avião em questão. Talvez o componente “avião” dentro do sonho seja reflexo do número de vôos que fiz recentemente... Comentei com minha companhia de vôo: “...a última coisa que eu queria era mais um vôo, pior que serão dois: esse e o da volta”. Nesse momento, percebo que o avião está muito baixo! Comento com minha companhia de vôo (nesse ponto, completamente não-identificada) sobre o fato de podermos ver copas de árvores nas janelas laterais! A pessoa ao meu lado estava com tanto medo que não tirava os olhos de uma revista... De alguma forma, eu pude ver o que se passava na frente do avião (como se estivesse na cabine do piloto ou como se não houvesse divisão entre esta e os assentos dos passageiros) e havia uma pista de barro logo à frente. Nesse momento comentei: esta tudo bem com o vôo... O avião está perdendo altitude pois já vai pousar (o vôo foi muito curto)... O avião tocou o chão (de forma anormalmente brusca) e andava pela pista quando vejo um homem cambaleando na pista. Eu entro em desespero e começo a gritar: vai atropelar o homem! O avião está tão rápido que logo passa por cima do homem. Pela parte traseira do avião, vejo um rastro de sangue. Nesse ponto, percebo o quanto o avião é pequeno e como está cheio (havia passageiros em pé por não haver acentos livres). Percebo também, que eu fui o único passageiro que viu o acidente... Quando olho para frente, vejo que não se tratava de uma pista de pouso. Era uma rua comum, com carros e pessoas passando!!!! Nesse ponto, percebo que na verdade se tratava de um pouso de emergência. O avião logo pára e o comandante aparece aos gritos, dizendo: desçam rápido, não peguem nada! RÁPIDO! Nesse ponto, pude reconhecer minha companhia: era minha amiga de trabalho, Anna Cláudia. Descemos correndo do avião (achei que seria complicado, pois tinha muita gente em pé! Mas não foi... Quando saímos do avião o comandante mandou correr para frente, pois havia o risco de explosão. Assim o fizemos. A cidade agora estava deserta! Nesse ponto, eu estava sozinho. Eu estava numa espécie de rua que ao lado tinha um estacionamento de caminhões (este era separado por grades de arame, aquelas em forma de losangos). Encontrei com uma pessoa que inadvertidamente me atacou... Bati nele e sai correndo... Veio uma senhora com uma faca de pão. Ela queria me matar... Com muito medo, tirei a faca de sua mão e cravei em seu peito (a senhora parecia a médium do filme “Poutergeist”)... Corri um pouco e quando olhei para trás, ela estava de pé. Desesperado, voltei e a esfaqueei diversas vezes... Percebi, nesse ponto que todas as pessoas desta cidade eram extremamente hostis... Foi quando, à frente, vejo um soldado armado. Pensei: vou morrer. Ele atirou mas não me acertou, lutei com ele e o matei com sua própria arma. O cenário era uma espécie de ponte logo à frente da rua e do estacionamento do caminhão... um pouco mais à frente vinham muitos soldados armados e atirando... na verdade, vieram de trás... Lembro que voltei e lutei com um que estava mais destacado à frente... Ele atirava a esmo (era um fuzil) e eu peguei suas mãos e direcionei os tiros para os outros soldados e depois matei o atirador. Continuei correndo sozinho. Esse ponto do sonho está muito nebuloso. Quando dou conta, estou numa estação de metrô. Ando escondido e me arrastando pelas paredes. A cidade agora tem gente pelas ruas, mas são todos hostis e se me verem vão querer me matar sem ao menos perguntar nada. Nesse ponto percebo que o avião não caiu, foi derrubado de alguma forma pelos habitantes dessa cidade. Eu estou no hall central de uma estação de onde saem três escadas (como a estação de metrô de botafogo). Tento olhar para uma das escadas que descem. Coloco só uma parte do rosto pelo canto da escada e vejo um senhor com uns 65 anos e uma criança com uns 8 anos deitada em seu colo. Percebo que o senhor me viu e entro em desespero. Penso em fugir, quando duas pessoas sobem a outra escada atrás de mim. Elas repetem a frase: “festa da missa...hu...huuu” num tom sinistro e zumbizesco. Vejo que a fuga é impossível e ando na direção destes (para a escada do meio) e descendo a escada ao cruzar com estes digo: “festa da missa...hu...huu” um gesto com os braços era feito ao falar a frase. Lembro de não demonstrar emoção alguma e passei completamente despercebido pelos homens. Desci a escada e chaguei na plataforma do metrô. Visivelmente, não funcionava mais. Era habitada por dezenas de pessoas e repetiam a frase uns para os outros e parecia uma sociedade escondida. Fiquei um tempo ali, sempre falando a frase. Eu só andava pela plataforma, mas tinham portas por onde algumas pessoas entravam. Tinha um personagem principal ali embaixo. Era uma espécie de líder. Negro, forte e bem alto. Lembro de uma senhora que vi em uma dessas portas. Ela, aparentemente era normal. Nesse ponto, percebo que todos eram zumbis, como se fossem vítimas de um vírus. Estranhos não eram aceitos ali. A senhora, embora não se parecesse em nada com minha mãe, era a minha mãe (ou mãe do personagem que eu interpretava no sonho). Num dado momento, há um desentendimento entre a senhora e o líder que fica furioso e começa a explodir as portas... Tento ir em direção às outras portas e vejo as senhoras correndo na direção contrária à porta que foi explodida (trata-se de uma espécie de corredor paralelo à plataforma)... Quando chegam próximo á escada, começo a fugir com elas. Somos quatro no total. Subimos as escadas (muitas) e na saída para a rua, um monte de gente liderada por uma mulher que parecia ter saído do filme “Barbarela” nos observa horrorizados e com olhares de que nos iam assassinar! A mulher líder ameaça jogar uma lança, quando eu falo: “festa da missa...” e ela completa “hu...huuu”. saímos todos tranqüilos e andamos pelas ruas da cidade... Agora muito populosa e todos zumbis... Não zumbis gosmentos e comedores de cérebros... Eram pessoas normais vivendo vidas normais, mas alguma coisa era estranha neles e sempre diziam a frase “festa da missa...hu...huuu”. Passamos por uma esquina que estava muito cheia, um garoto de uns 15 anos estava se casando na rua... Ao passar pelas pessoas, dizíamos a frase e éramos vistos como normais entre eles... Quase no fim dessa multidão, depois de repetir a frase dezenas de vezes para dezenas de pessoas eu erro a frase ao falar para um sujeito de rastafári. No lugar de festa da missa eu digo: “festa da uva...hu...huu” o sujeito me olha com estranheza e minhas companhias e eu damos uns passos à frente (nessa altura, uma das pessoas comigo era a minha irmã)... Todos na festa param e olham para nós (era muita gente) e eu grito: CORRAAM.. Imediatamente a multidão começa a correr e nós estamos só um pouco à frente. A noiva, uma jovem de uns 14 anos está enfurecida e quase me alcançando... Estou muito cansado... Na verdade, exausto! Nessa altura, meu irmão Márcio está correndo na frente... Chegamos a uma espécie de estacionamento e de alguma forma ele entra em um grande carro preto e começa a dirigi-lo... Eu ainda corro com minha irmã e a multidão enfurecida atrás... O carro está com a porta traseira aberta. Vendo que a fuga seria impossível, pego a noiva pelo pescoço dando uma gravata e ameaço matá-la... O garoto noivo fica enfurecido... Conseguimos entrar no carro, mas antes de fechar a porta (a porta fechava de cima para baixo, igual a porta do DeLorean de “de volta para o futuro”), o garoto noivo segura a porta e impede o seu fechamento. Ele era desproporcionalmente forte e quase conseguiu entrar no carro. A porta finalmente se fecha e começamos a andar no carro... Quando olho para traz, dezenas de carros de todos os modelos nos perseguem... O céu é encoberto por dezenas de aviões todos atirando no nosso carro. Meu irmão diz que o carro é blindado e que agüentaríamos até cerca de meia-noite... A cidade se mostra muito moderna e descemos uma rua que dá para um túnel (uma maneira de fugir dos tiros dos aviões). O túnel agora é uma espécie de galpão e eu estou sozinho, entro numa porta e me escondo (eu tenho uns carros de controle-remoto que explodem quando aciono um controle de vídeo-game... uma porta se abre, por onde entra um robô assassino... Coloco o carrinho no chão e o direciono para o contato com o robô quando bem próximo do robô, aciono o explosivo e consigo destruí-lo. Isso se repete 3 vezes. Na quarta vez, o explosivo não destrói o robô... Quando me aproximo para ver o robô, este é muito mais moderno e anuncia que sou um prisioneiro... Luzes se acendem no chão e formam caminhos por onde devo seguir (como luzes no chão de salas de cinema). Quando começo a andar, acordo.