Eu era mordida por cães que pertenciam a conhecidos meus. Ficavam marcas estranhas, pareciam letras nos meus braços. Meu pai ficava sabendo e resolvia tomar satisfações com os responsáveis. Depois, já aparecíamos correndo numa estação de metrô. Finalmente, eu aparecia em João Pessoa, com K. e S. Estávamos esperando um ônibus que fosse para os bancários. Íamos pegar um 204, mas a moça da barraquinha de bombons apontou uma arma para nós. Era um bairro perigoso. De repente, K. nos enfiou num ônibus. Nos sentamos nos bancos de trás, e logo um rapaz bonito, mas magrinho e franzino se sentou ao lado delas e começou a puxar papo. Me senti excluída, mas tudo bem. De repente chegou um rapaz ainda mais bonito, altíssimo, cabelos negros, porte atlético. Ficou em pé na minha frente, com um capacete e uma jaqueta (vermelha e bege) nas mãos. Eu pedi para segurá-las. O ajudei também a tirar a mochila das costas. Nossas mãos se tocaram. Ele me disse que o ônibus era um da série dos "300". Me apaixonei pelo rapaz, que era extremamente gentil. Sem mais nem menos, k. e S. saíram do ônibus com o outro rapaz sem se despedirem de mim. O meu "príncipe" se sentou ao meu lado. Eu não queria que a viagem terminasse nunca. Percebi que estava num bairro estranho (achava que era o Geisel), havia esquecido minhas malas e sido abandonada pelas amigas. Ele me abraçava e me consolava. Era um homem grande e forte, mas muito doce. Um gigante gentil. Acordei feliz.