Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Tailândia / Pietro Impagliazzo

Sonhei que estava na Tailândia, perto de em um rio muito largo, bem parecido com alguns rios da Amazônia.

Diversos garotos iam correndo e se pulavam no rio. Eles ficavam nadando e brincando lá.

Um garoto menorzinho, moreno de cabelos ligeiramente longos e lisos, gostava de nadar bem fundo e ir para longe dos outros, apenas para desfrutar do silêncio e calmaria.

Então ele mergulha fundo e começa a nadar para oeste. Ele nada, nada e passa por baixo das construções rústicas de madeira que servem como um pier para o vilarejo próximo.

Uma lancha de aproxima, nela um homem na metade dos seus 20 anos, com uma calça marrom surrada e uma camisa de botões estampada marrom e amarela, se aproxima do pier.

Ele sorri e olha para a paisagem como se algo o libertasse, como se ele voltasse para um local que há muito tempo não via, como se ele estivesse aprisionado por anos e aquela situação ali fosse seu retorno à liberdade.

O garoto nada tranquilamente enquanto vê os raios de sol penetrando pela água, desenhando traços azul claros naquela água azul escura com um esverdeado que se assemelha ao do petróleo. Ele vai subindo a superfície lentamente.

O homem da lancha faz uma curva para desviar da construção de madeira do pier, ele faz isso rapidamente. E ouve um barulho. Ele olha para trás achando que bateu em algo, seu coração dispara sem motivo.

O corpo de uma criança emerge e o homem esbugalha os olhos e leva a mão a cabeça, sentindo que toda sua liberdade naquele momento não faria sentido se ele tivesse provocado a morte acidental daquela criança.

//Agora eu adentro o sonho ativamente.

Eu vejo a criança boiando, prontamente eu mergulho na água para resgatá-la. Nado nervoso até me aproximar dela e quando olho para sua perna esquerda, ela foi decepada da canela para baixo.

Olho mais a direita e vejo a outra metade da sua perna flutuando. No desespero seguro a criança com um braço e a sua perna decepada com o outro. Volto nadando até a superfície.

Enquanto isso o homem da lancha pára ela no pier para vir socorrer a criança.

Eu levo a criança até a superfície e sinto nervoso de ver o sangue pulsando de sua perna.

A primeira coisa que penso é em tirar a camisa para fazer um torniquete. Tiro a camisa, molho na água e começa a amarrar na perna da criança.

Quando começo a fazer isso, três homens, um vestido de terno (à direita) e os outros dois vestidos de roupa social (à sua esquerda) vem "flutuando" com a metade do corpo para baixo dentro da água. Todas as crianças que mergulhavam no rio, lancha e motorista parecem desaparecer.

Eles se aproximam de mim e do garoto e o homem de terno fala: "Você não deveria fazer um torniquete, isso vai fazer com que a perna dele seja amputada, você tem que fazer um apoio*".

Os homens de camisa social riem e o do meio que está vestindo uma camisa social rosa fala: "Hahaha, melhor você correr se você não quiser que o cérebro dessa criança vire pasta."

Eu tento juntar a parte decepada da perna da criança com a canela dela de alguma forma, e de forma inexplicável elas se fundem pela pele, de maneira frágil.

As pessoas reaparecem.

Eu levo a criança no colo, tentando andar o mais rápido possível, segurando seu corpo e pé direito para não cair.

As pessoas me indicam qual caminho tomar. O homem da lancha, suando frio, com um quase-sorriso de nervoso, enxuga a testa e me acompanha nervoso.

Eu adentro a breve mata e já saio em um emaranhado de ruelas e casas pobres. O lixo toma todo o chão, sacos plásticos e entulhos são os azulejos daquela favela.

O menino chora e sente dor, e ainda levanta a perna para não encostar no lixo.

Finalmente chego a rua em que um mini-taxi carregador (parecido com aqueles pequenos da Índia) espera o menino com uma cadeira de rodas atrás.

Eu boto o menino no taxi e ele parte dali, em direção a um hospital.

Fico aliviado por ter ajudado o homem da lancha nesse infortúnio que lhe custaria a paz mental por mais alguns anos.

Eu acordo.

//O sonho é permeado de situações em que eu vasculho as ruas estreitas dessa favela, e minha "tia" mora em umas das casas (que se assemelha muito a casa anterior dela), a casa dela tem um casal de ratos, minhas gatas estão na casa da minha tia e muito mais confusões.