Drömma

aisling . dream . rêve . sogno . sonho . sueño . traum . śnić
Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
a festa da madeira / en_drigo

eu participava da organização de uma festa, que prometia bombar. o local era uma casa de madeira, ampla, arejada, com o pé direito muito alto, localizada dentro de uma floresta com árvores enormes, muito altas, centenárias.

a volta de um grande salão, foram montados o bar e uma lojinha de cds e camisetas. bem no meio do mesmo salão, foi construído um banheiro em forma de labirinto e ali devia-se achar onde ficavam os sanitários masculinos e femininos.

eu achei muito louco ter um banheiro neste estilo, para uma festa e entrei pra ver do que se tratava. encontrei uma salinha com as paredes salpicadas de sangue e lá estava MCES, sentada e encolhida, justificando-se que havia recém feito um aborto de um relacionamento de oito anos atrás. *e como ficou tanto tempo aí dentro?*, foi a minha pergunta, mas para mim mesmo, pois fiquei um pouco constrangido de dizer isso a ela, neste momento tão delicado.

saí do pequeno wc-labirinto e percebi que a festa já estava cheia e eu não lembrava de ouvir toda esta gente chegando. um amigo de santa maria que há muito não vejo, o jacques, sugeriu que fizessem uma performance. enquanto a música rolasse no salão, um casal subiria ao segundo andar e simularia trepar, fazendo aquele barulho típico e ritmado que a cama faz no chão, incomodando quem está no andar de baixo.

e foi o que fizeram, mas o fizeram com tal intensidade que a casa inteira começou a ruir. corri pra fora e vi que as colunas principais estavam rompendo, até que finalmente a casa desabou inteira, derrubando muitas árvores da floresta, destruindo carros e casas ao redor.

fiquei muito impressionado em ver uma catástrofe desta natureza acontecendo diante dos meus olhos. logo, havia aquela correria usual de pessoas desesperadas, bombeiros, ambulâncias e carros de polícia.

aproximaram-se de mim a dona ruth cardoso - e eu a achei muito simpática - acompanhada de um homem baixinho, com um sotaque portoalegrense fortíssimo, que me dizia, com aquele jeito típico dos gaúchos de repetirem a mesma informação três vezes:*essa é a melhor crise, não tem! não tem! não tem! olha quanto madeira sobrou espalhada! podemos aproveitar para todos os caixões!*