Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Shooting Star / Kaneda

Combinamos de sair no fim de semana. Entre tantos lugares em São Paulo para nos encontrarmos, escolhemos ir juntos justo naquele que não conhecíamos, mas que nos aguçava os desejos.
O lugar combinado, era um lugar palaciano, com toques delicados da era medieval em meio urbano, era um lugar para fugir da cidade dentro dela, ao mesmo tempo encantador e caótico.
Alil, vinha então, paulatinamente em direção a minha mesa, ela estava linda. Seu caminhar era hipnotizador, seu sorriso ultrapassava o que costumamos saber o que é a felicidade, e o seu olhar,... Ah, o olhar! Aqueles grandes olhos marrons esverdeados fixados em minha direção... Aquilo me deixava atônito!
Por dentro estava explodindo, enquanto minhas mãos trêmulas eram o escape da minha intensa insegurança e falta de auto estima.
Ela sentou-se, comprimentos. Conversamos e pedimos um drink.
Carros antigos e amarelos passavam no coreto ao lado de fora, sequencialmente, como se fossem um presságio nos chamando a atenção para fora do lugar, que não se sabe se era um restaurante, bar, ou sabe-se lá o que.
Foi quando um dos carros entrou por engano algumas mesas por engano, e o restante dos carros amarelos que o seguiam, erraram por consequência. Abismados com o erro boçal, começaram a buzinar enlouquecidamente.
Resolvemos sair e respirar um ar puro no banco do ladroes fora por uns instantes. Dissertamos sobre os infortúnios de morar em uma cidade grande como SP, inclusive as surpresas como a do carro amarelo que nos atacam de repente... Mostrei algumas fotos antigas de correspondências que Alil havia enviado-me há anos.
Foi quando o céu abriu-se, um brilho forte, intenso e vívido, apareceu. E apareceram outros, e de várias cores! As constelações eram vistas de modo inalcançavel numa cidade como a nossa. Foi quando percebi o Cinturão de Orion, entre os azuis e laranjas, amarelos e brancos, era possível ver que tudo tinha uma ligação. Entre o começo de Orion e o início de uma outra constelação maior, surgiu uma estrela de brilho muito mais forte que foi aumentando gradativamente seu brilhos e caiu para a esquerda. Todos gritavam enquanto a estrela caia: "Uma estrela cadente!", "Uau! Que maravilhoso!", eu, na verdade, achei um espetáculo inédito e magnífico, mas estava mais feliz ainda porque Alil estava ao meu lado. E torcia para que ela desejasse a estrela, exatamente o que eu desejei: "-Estar sempre ao seu lado.". Foi quando olhei a sua expressão de felicidade acompanhando a estrela cadente caindo e apagando, que a beijei... E foi um beijo como uma estrela cadente. Olhos. Brilho. Lábios. Forte. Juntos. Desfalecer. Acordar.
E vim escrever aqui, pois foi merecido.