Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
workshop da funai / ariel lamim

eu morava num casarão muito grande com vários quartos e miniapartamentos abertos que eram divididos por várias famílias. era muito bonito, num lugar arborizado e um pouco rural. tinha um monte de gente relativamente jovem morando lá, e tava rolando um encontro ou workshop da funai, acho que era pra estudar linguística indígena, e eles iam contratar algumas pessoas que se saíssem bem. uma das senhoras que estava organizando me conhecia, ela sabia que eu tinha estudado grego porque foi colega da minha mãe no instituto de educação da ufrj, e achava que eu era uma excelente filóloga. ela manjava muito de xamanismo também. havia uns dias que eu tava observando um pai e um filho que moravam na mansão comigo e que estavam fazendo uns rituais suspeitos de magia. um dos rituais tinha dado errado e atingido um dos outros meninos, que estava aparentemente *possuído*.

uma noite a gente sentia que a coisa tava ficando feia, o pai e o filho tinham feito um círculo na terra dentro do qual não chovia (e estava chovendo em todos os outros lugares do terreno) e o menino que tinha sido possuído tava cada vez mais esquisito, se arrastando pelo terreno gemendo e tal. mas a gente meio que achava graça nas coisas, e acho que só eu estava realmente preocupada, pelo menos dentre os outros integrantes jovens do grupo -- os amigos dele ora pareciam em pânico, ora ficavam rindo da cara dele. decidi seguir a senhorinha que manjava dos xamanismos porque sentia que ela saberia lidar com qualquer coisa que acontecesse.

então começava um corre-corre, porque o menino possuído começava a falar com uma daquelas vozes de diabo de filme, meio O Exorcista, e começavam a cair uns raios do céu. tinha uma hora também em que um monumento feito de galhos brotava espontaneamente dentro do círculo.

eu estava num quarto com alguns jovens e a senhorinha, e o rapaz possuído entrava lá e eu conseguia desfazer o sortilégio abraçando ele, dando uns beijinhos, pegando ele no colo. fiquei um tempão ali abraçada com ele e percebi que gostava dele, mas eu tinha de levantar e ajudar o pessoal a reverter os rituais de magia negra, senão ia ficar caindo raio ali no terreno pra sempre.