Drömma

aisling . dream . rêve . sogno . sonho . sueño . traum . śnić
Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
O imbecil que quase atropela pedestres / Tuk

Sonhei que eu estava no Jd. Suzana, na frente de onde ficava o bazar da Mitsy antes, eu precisava atravessar a rua pro outro lado, assim como uma mulher com duas crianças pequenas. Não vem ninguém, mas um carro aparece da rua onde fica a contabilidade vindo bem rápido, quase atropela a mulher com as crianças, que ficam super assustadas, e ainda abre o vidro e grita: "sai do meio da rua!!!". Eu grito de volta: "Dá a preferência pros pedestres, imbecil!" Ele vai embora e a gente enfim atravessa.

Pouco depois, quando eu já estou mais pra frente e na frente de onde ficava a Chatelet e depois teve uma locadora, o cara aparece com bem umas 10 outras pessoas amigas dele querendo tirar satisfação do que eu falei pra ele. O lugar agora é um bar e a locadora fica tipo no andar de cima. Eu tava entrando no bar quando as pessoas apareceram. Entrei no bar e fui vendo eles todos entrarem, furiosos comigo porque o que eu tinha feito era um absurdo. Esperei todo mundo entrar, foram se sentando em uma mesa e eu estava em pé ouvindo tudo que eles falavam contra mim. De vez em quando perguntavam se eu não ia falar nada. Certa vez eu respondi:

- "Como eu posso falar por cima de 10 pessoas? Aposto que vai passar 10 minutos e eu não vou conseguir nem começar a falar" - e não falei mais nada.

Mais de 10 minutos depois, finalmente consegui um espaço pra falar, e expliquei que o amigo deles tava correndo com o carro e tinha quase atropelado duas crianças. Eles disseram que eu tava exagerando etc etc. Eu tava morrendo de medo daquele povo todo resolver vir pra cima de mim e me destruir, mas o tempo todo não mostrava isso, foi realmente impressionante.

Eventualmente, eles ficaram discutindo entre si e eu saí do bar. Fui não lembro pra onde, o cara foi na direção contrária, depois voltei para o bar porque no fim das contas eu estava indo pra locadora. O cara me viu, eu subi rapidinho e vi que não tinha ninguém no balcão de atendimento da locadora e fiquei lá.

Me vendo no balcão, ele já disse: "ah, então você é só um bosta que trabalha na recepção de uma locadora". Eu disse que ele era um bosta que atropelava crianças. Ele disse que minha opinião não importava a mínima porque eu não era ninguém importante, e eu comecei a questionar ele sobre os valores dele em uma discussão bem filosófica.

- "E como é uma pessoa cuja opinião você respeita?"
- "Não você. Seu salário deve ser horrível"
- "Se uma pessoa tem dinheiro, como isso faz dela um bom formador de opiniões?"
- "Quem tem é esperto e sabe o que tá falando"
- "E esses são exemplos de pessoas com quem você anda?"
- "Claro"
- "OK. Eu tenho um conceito muito diferente"
- "Ah é, como?"
- "Primeiro, o que você faria se uma TV em uma loja estivesse por 1500, você sabe que o preço é 2500 então está obviamente marcado errado? Você avisaria alguém ou levaria a TV assim mesmo?" - nem deixei ele responder - "E antes de você me responder, e essa outra pergunta aqui..."

E fiz umas duas outras perguntas do mesmo naipe moral, quando enfim eu disse:

- "Acho que você sabe quais das respostas eu valorizo. Eu ando com pessoas que eu acredito que teriam dado essas respostas. Antes de você dar a sua resposta pras perguntas, dá uma olhada nesse vídeo..."

E mostrei pra ele o que era um comercial da Samsung onde exatamente aquela situação da TV com preço errado tinha sido armada, e como as pessoas reagiam, e que as pessoas que avisavam ganhavam a TV grátis, os lojistas faziam a maior festa etc. O cara começou a lacrimejar no meio do vídeo. Eu tinha vários outros vídeos na manga pra mostrar pra ele, cada um relacionado com cada pergunta moral que eu tinha feito. A irmã dele apareceu em algum momento no meio do vídeo pra assistir também, e acabou dando uma bronca nele. Nesse tempo todo que eu tava lá fingindo ser o atendente, ninguém da locadora apareceu. Antes de eu mostrar o segundo vídeo, eu acordei.