Eu estava com não sei quem, não sei aonde, indo decididamente para algum lugar. Quando, em um posto de gasolina, cerca de 20 policiais revistavam todas as pessoas do lugar que estavam vestindo camisa do flamengo. A situação era tensa, estava tudo escuro exceto pelas luzes vermelhas do camburão e pelo reflexo das camisetas vermelhas. Continuei andando com a pessoa que estava comigo (e por sorte a gente não estava indo para jogo nenhum), mas quando íamos atravessar a rua a situação estava ainda mais tensa.
Um flamenguista branco e raivoso que estava cercado por cinco policiais tinha um agarrado a ele e estava resistindo à investida cruel. Talvez tivessem achado alguma coisa com ele. Ele e o policial se ajoelharam no empurra-empurra e nessa o flamenguista tira a arma do coldre do policial e manda todo mundo se afastar.
O policial que estava agarrado nele apenas olhou para o comandante, como se estivesse pedindo confirmação não verbal, e enquanto o flamenguista bradava e ameaçava a multidão (de policiais), tirou a uma segunda pistola sabe-se-lá-de-onde e atirou na lateral da cabeça do coitado do flamenguista.
O curioso é o que o tiro não fez muito efeito nele, além de deixar ele mais furioso ainda. O flamenguista resolve que a única opção é se suicidar com a arma do policial, e então atira contra a própria cabeça mas a arma não dispara.