Eu e meu irmão C. estávamos em cima de um morro de pedra olhando aquela casa em estilo alemão antigo que era por algum motivo muito bonita e atraente. As paredes eram feitas de pedaços grandes de pedra, as janelas eram pequenas, retas embaixo e redondas em cima, ou completamente redondas.
Estávamos dentro do terreno, observando as várias entradas, a mistura de estilos, e como ela tinha uma pequena torre circular com um símbolo esquisito no topo.
C. disse que não tinha gostado da piscina (que eu não vi) porque era muito rasa. Mas eu estava disposto a descobrir quanto valia a casa, porque ela parecia abandonada e podia afinal de contas sair algo bem barato, mesmo que eu não tivesse grana alguma.
Andamos em volta da casa mais um pouco até encontrar um cara muito parecido com Philip Seymour Hoffman arrumando uma porta de vidro. Quando perguntamos sobre os donos da casa, a resposta dele foi meio gaga e em tom de espanto -- E-eu não sei, só estou consertando a porta... O-olha eles ali!
E então chegaram da rua duas das pessoas mais estranhas. Os dois eram homens, na idade e beleza de estarem numa faculdade de ciências da computação, e tinham o cabelo longo estilo metal e desgrenhado. Eram de baixa estatura, mais ou menos 1.60, mas um era alguns centímetros mais alto do que o outro, o que me fez pensar que também eram irmãos.
Então perguntei se a casa estava à venda com a maior cara de pau. O mais alto disse que talvez estivesse. Então falei em como eles poderiam pegar a grana e morar em uma casa ou apartamento com tamanho mais adequado para eles. Ele parecia empolgado com a ideia, mas não soube me dar um preço. Falei que anotaria meu email e que era pra ele me mandar a proposta por lá. Eles concordaram.
O mais alto me deu um papel que parecia um cheque em branco para eu anotar o meu email. Depois de várias tentativas frustradas, pedi para o meu irmão mais velho escrever a merda do email no papel porque eu não conseguia [No sonho é muito difícil escrever coisas, não sai com precisão, a tinta acaba, sai tudo torto, e a gente fica só racionalizando].
Só quando fomos entregar o papel com o email para os dois é que percebi que ambos usavam uma braçadeira preta no braço esquerdo, com um símbolo circular em branco no meio dela. Dei uma olhada de relance para dentro da casa e vi um lugar escuro com vários troféus em cima de uma prateleira. Só então me toquei que o símbolo em cima da torre era o mesmo da braçadeira. Nessa hora entendi o espanto do cara que arrumava as portas.
Nos viramos e estávamos indo embora pelo caminho que nos levaria pra fora da propriedade de uma vez por todas quando vimos o consertador de portas acompanhado de um policial militar, indo em direção à porta principal da casa.
Saímos correndo (o policial sabia que a gente não era da casa, o consertador falou) em busca das nossas bikes. Tive um pouco de dificuldade de tirar a minha mochila que estava presa na bike junto com uma trava. Nesse momento começaram a aparecer outros nazistas. Um deles me perguntou -- Eles te contaram sobre o quarto reich? -- E eu ignorei, subi na bike e desci o morro o mais rápido que pude.