Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Fugax / spring

Estou descendo uma rampa gramada, no jardim de uma casa enorme, D está ao meu lado. É final de tarde, já escurecendo. Choveu. A grama está molhada. Minha sapatilha vermelha sai do pé. Enquanto coloco digo para D: “provavelmente essa será a última vez que venho aqui”, ele diz: “eu aposto que ainda terei que voltar pra resolver um monte de coisa”. Entendo o sonho, estamos no escritório onde ele ainda trabalha, mas em breve sairá. Aceleramos o passo, a casa está vazia, mas minha presença ali é um segredo. Entramos na sala em que D trabalha e o chão está coberto por colchões, com lençóis desarrumados. “Nossa, rolou uma festinha aqui”, digo, ele: “foram M e X”. A sala tem aberturas dos dois lados, me deito nos colchões e me cubro com um edredom que estava por ali. Ele se deita comigo e me abraça, mas logo aparece alguém na abertura do lado esquerdo; escondo a cabeça debaixo do edredom e ele sai para falar com a pessoa. Fico sozinha e me sentindo insegura embaixo daquele edredom, naquela sala devassada. Então, aparecem algumas crianças na larga porta do lado direito e começam a falar alto que há alguém embaixo do edredom, tentam levantá-lo e eu seguro o pano sobre minha cabeça com força. Mas não dá pra aguentar muito tempo, resolvo levantar e sair por aquele lado, afinal, eram os fundos e as crianças não me conheciam, eu poderia correr dali. Passei por um corredor e entrei numa saleta, onde vários homens faziam algum conserto, pulei umas furadeiras e abri uma porta branca, que parecia um armário, mas dava para o jardim da frente da casa. Lá, várias crianças brincavam e entendi que haveria uma festa, ou melhor, já estava rolando uma festa. D me ligou, mas a linha caiu quando atendi. Eu não podia esperar, não podia ser vista ali, dei um jeito de passar pela cerca viva e sair da casa. Da rua, mais alta que o jardim e a casa, eu podia ver a festa, cheia de gente bonita e bem vestida, com taças na mão. O celular toca de novo, é D dizendo que vai ter que terminar uns trabalhos e portanto não poderá sair para ir embora comigo. Olho a festa, meio humilhada, e penso que preciso sair dali. A rua é de terra e está tudo muito molhado. Pergunto a uma das seguranças que está do lado de fora onde posso pegar um taxi, ela diz que o ponto é longe e pergunta se eu não tenho aplicativo, “minha bateria acabou”, então ela diz que havia alguns taxis ali perto, esperando convidados da festa, e que algum deles poderia me levar para São Paulo. Pegou um carro da segurança e me levou até onde estavam estacionados dois taxis, um com placa de Guarulhos, outro, de Mogi das Cruzes. Nenhum deles queria me levar para tão longe. Então perguntei ao taxista de Guarulhos se ao menos ele poderia me levar até o ponto de taxi e se ele aceitava cartão. Ele disse, sim e sim. Entrei no taxi e fui embora.