Duas semanas depois de encontrar (ou reencontrar, ainda não sei) a Willa na estação de trem e ter dado aqueles abraços e beijos tão quentes, praticamente isolados dentro de uma bolha mágica enquanto a multidão fluia a nosso redor, nos encontramos novamente.
Fomos a um motel perto do lugar aonde trabalho.
Ficamos sozinhos pela primeira vez onde pudemos conversar sossegados, e fazer amor. Como nunca antes.
A sensação foi boa e assustadora ao mesmo tempo. Como deve acontecer a todos os amantes, mas com a Willa algo especial aconteceu.
Em um momento, olhei dentro dos seus olhos... aqueles olhos, sorrindo para mim, e foi como uma névoa do passado se dissipando.
As memórias de um passado cheio de felicidade começaram a se descortinar.
Fiquei paralisado, perdido dentro daquele olhar que sorria para mim.
Durou menos de um segundo, mas parecia que séculos de história estavam contidos nele.
E a história era mais linda que o mais belo conto de fadas jamais escrito.
De repente a frase “o perder-se era muito parecido com o encontrar-se” começou a fazer sentido para mim.