Eu estava com algumas pessoas que aravam a terra. Havia um termo específico pra isso que era diferente. Não lembro. Uma grande plantação. Fiquei prestando a atenção no sistema de irrigação que tinha uma lona, acho que pra não enferrujar. A menina disse que esse esguicho ia longe, e ia, testamos, bebemos água dele. Era hora de ir embora. Em direção à saída, eu, mais duas meninas e um cara. Ele fez uma pergunta-piada de mal gosto sobre nós como mulheres e eu respondi dizendo algo que isso nem pergunta era. Elas riram. Assim que saí, Fiz carinho e peguei nos dentes de um dos cães vira-latas que estavam no ponto de ônibus. O cara foi fazer a mesma coisa e o cão avançou nele, não gostava dele. Eu fiquei atiçando e controlando. Os cães vira-latas me obedeciam e tínhamos essa relação. Sorri com o canto da boca. O cara fugiu do cão e entrou de volta. Era um cemitério onde estávamos trabalhando e os cães viviam alí. Pelo sem tosa e postura de guardiões-vira-latas deitadinhos nas criptas da entrada.
Pt.2
O ponto de ônibus estava cheio agora é havia vários músicos de orquestra, com a aquela roupa preta indo embora tbm. Parecia que eu tinha ido ver o concerto, mas cheguei atrasada e não vi. Encontrei o Claudionor. Eu não via ele desde que ele foi demitido da produtora. Algumas pessoas iam de carro, outras de ônibus. Perguntei se alguém ia passar pela Pompéia e quando vi estava dentro do carro e o Claudionor dirigia. Eu não confiava nele, mas fui e repetia que podia me deixar no caminho. Perguntava se alguém ia passar pelo metrô Vila Madalena, de lá eu ia iria a pé, ninguém respondia. Conversavam entre eles.
Ele estava dirigindo e falando no celular e me perguntou como eu estava. Eu disse que fui demitida na segunda passada. Ele deu um um sorriso sem graça do tipo “fazer o que né” e eu disse “que belo momento para estar desempregada” e a palavra desempregada saiu alta e rouca. Fiquei olhando pela janela do carro mas via só movimento. Um menino de uns 18 anos sentado também no banco de traz, tocou minhas pernas e foi com a mão na minha buceta. Eu rapidamente peguei a mão dele, olhei bem pra ele e falei “ce tá louco seu idiota? Nem te conheço e sai daqui” empurrei ele pro outro lado do banco e falei mais alguma coisa me impondo.
Pt.3
Chegamos em casa. As portas de dentro estavam todas fechadas e tudo era pintado de cor ocre. Antes de abrir a Mari falava algo. Explicava alguma coisa pra essa mulher que devia ter q idade dela, cabelo grisalho e disse que era violinista. Ela estava lá no conserto e veio aqui. Disse que conheci a Angela, nossa vizinha, que a Angela antigamente tocava violino -algo que eu não sabia, apesar das varias habilidades dela - e elas tiveram um romance. Ela queria rever a Angela. Eu fui olhar a casa dos vizinhos e tínhamos o quintal do fundo como área comum. Já sonhei antes com isso várias vezes, não lembro exatamente quando e com, mas sinto essa memória.
Eu fui andar no gramado dos quintais dos fundos comuns. A casa da Angela antes estava vazia, cheia de mato e agora está toda podada e bonitinha. Uns amigos do eletrônico até pensaram em alugar. Até eu pensei em alugar, mas não ia montar uma casa do zero agora em sp, nem tinha como. Mas as casas eram muito bonitinhas e de bom gosto. Havia muitos gatinhos filhotes, lindos e saltitantes. Lembrei que antes de alguém morar naquela casa eu fui lá apenas uma vez e havia uma gangue de gatinhos filhotes selvagens, que foram abandonados e viviam ali crescendo sozinhos. Eles tinham um comportamento selvagem mesmo. Tentei passar em um caminho de plantas, mas estava cheio de teia de aranha. Peguei uma flor de lavanda e passei na teia, ficaram uns pedaços da planta flutuando. Comecei a fazer carinho nos gatinhos e peguei um pretinho na mão. Ao fazer carinho sem querer tirei uma fita do olho dele que colava um olho. Tentei colar e entrou tido dentro do buraco do olho e fiquei tentando arrumar pra ele. A fita tinha um formado de tapa olho preto e tinha um outro olho pintado por cima. Nessa hora uma frase sobre a visão veio sobre nós. Eu queria muito lembrar.
Os gatinhos selvagens agora tinham cuidados. Eles e as plantas me traziam uma beleza sem fim.
Dentro, a casa da Angela era impecável, tanto que não encontrei o quarto com infiltração que ela disse.
Pensei em começar a correr nessa área com grama dos quintais comuns, parecia uma área segura como correr dentro de casa.