Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Amálgama estudantil / Phrozen

Era dia, e eu estava nalguma sala da faculdade sentado na minha carteira esperando a professora chegar. Como no Ensino Médio, todos os alunos estavam de pé, conversando, ou fora da classe, num ambiente totalmente informal.



De repente, chega a minha ex-professora de inglês da empresa onde trabalhei anteriormente. Ela, que é baixinha, loira (e usa rabo de cavalo) e gordinha, chegou com uma blusinha listrada de branco e vermelho, uma saia qualquer, que não me lembro, mas mais curta do que a altura dos joelhos, e uma bota bem alta, preta. Não parecia usar meias. Olhei com certo interesse mas gozador, para as pernas gorduchinhas e apetitosas dela. Ninguém parece ter reparado. Mas, se tivessem, não teriam comentado. No máximo, me olhado dalgum modo especial.



Assim que a professora chegou, fui me sentar. Era dia de prova, e mal sentara, recebi a prova. Comecei a folhear as cinco páginas avulsas da mesma, tentando decifrar o escrito a lápis que dizia quais páginas eram, no canto inferior esquerdo. Na verdade, inicialmente, tenho uma vaga lembrança de que as páginas estavam, ora à direita, ora ao centro. Mas, depois, se consolidou a imagem de que estavam à esquerda.



Tão logo tive dificuldade de compreender, chamei a professora, que se encontrava de pé, conversando com um monte de alunos que ainda não se sentaram, denotando um ambiente ainda bastante informal. Típico dela, que não sabia conter as pessoas seriamente.



Era noite, e por algum motivo, havia uma lâmpada amarelada no meio da sala, acima da lousa, iluminando a sala toda. E esta luz não era suficiente para enxergar coisas como os escritos a lápis. Também mal via a sala toda, que agora era mais larga e profunda do que antes; talvez quase o dobro da minha sala original da faculdade.



Chamei a professora, perguntando qual página era a primeira, a segunda, a terceira, a quarta e a quinta. E, assim que ela começou a me ajudar, apontando de longe, como quem conhecia cada página por seu desenho completo, foi apontando: "é esta a terceira..."; "não, esta aí é a segunda..."; "isso, agora vira de lado...".



Me levantei, e pus minha luminária de casa no suporte dos gizes, um pouco à minha direita. Depois, conforme fui percebendo o curto alcance desta luz, fui aproximando a luminária, sempre apoiada no suporte do giz, à minha carteira -- eu estava sentando na frente, no meio da sala. É o meu lugar preferido, mas nem sempre tenho coragem de tomá-lo na vida real.



Fiquei lá ajustando a posição da luminária e consegui, finalmente, como se fosse algo bem difícil, mirar bem na minha carteira -- onde tinha meu caderno aberto com a matéria, que surgiu naturalmente. Nisso, o Allan comentou algo como dizendo que estava bom, muito bom, e exaltando em elogios o que acabara de realizar. O Renato até olhou, também, interessado, e talvez tenha comentado qualquer coisa dispensável de lembrança, tal a escassez de conteúdo em tudo o que falava. Isto era algo natural de sua personalidade, em meu sonho.



Sentei, e, com a prova numa mão e o caderno na outra, comentei para quem quisesse ouvir:



- Deixa eu guardar o caderno, né? He, he, he...



Ninguém realmente se incomodou com tal fato, nem mesmo a professora. Porém, eu sabia que não deveria ficar com o caderno ali à vista, pois logo iria sobrar para mim.



Guardei-o, e comecei a organizar as páginas, que agora podia ler com perfeição qualquer rascunho escrito, e me preparei para o início da prova.