Encontrei o professor Joaquim e fiquei feliz que ele voltara a dar aulas. Alguém dissera que ele estava doente; de fato ele envelhecera muito, mas ele não me parecia doente. Assim que nos aproximamos, notei que ele tinha o braço direito numa tipoia vermelha que parecia ter sido feita a mão. Perguntei-lhe se estava tudo bem e ele me mostrou a atrofia e o vitiligo que atingiram seu braço direito.
Fui comprar uma garrafa d´água para ele do outro lado da rua mesmo sabendo que eu me atrasaria para minha outra aula. No caminho encontrei o professor em cuja aula eu deveria estar - ele me disse que precisava de um cavalo para a aula, então assim que passou por nós uma pessoa a cavalo ele laçou o cavaleiro e o cavalo voltou correndo em nossa direção. Perguntei-lhe como ele sabia que daria certo e ele disse que os cavaleiros sempre ficam com medo achando que é um assalto e acabam não reclamando o cavalo.
Depois de comprar a água, entrei na minha sala e o professor estava usando o cavalo como se sempre tivesse sido dele.
Heroísmo enfezado / Flávia•
Eu estava realizando uma infiltragem numa gangue que estava para agir. Antes de invadir o local passamos por uma poça funda onde havia cocô. Eles disseram que na gangue ninguém ligava porque aquilo tudo era natural - todos nadavam na poça e se misturavam com as fezes, como num ritual.
Entramos numa casa e o chefe da gangue chegou e estava bravo com todo mundo; era como se tivesse virado contra todos. Ele pegou um carro e começou a atropelar todo mundo.
De repente eu virei ele (mas ele ainda era o Outro, só ele era o mau) e descobri que o para-brisas era indestrutível, então acelerei para destruir o máximo de coisas possível.
A lataria toda do meu carro desapareceu de modo que só sobraram o para-brisas, o banco, o volante e algumas poucas coisas da parte frontal do carro.
Quando passei com o carro pela rua da minha casa tinha uma cega atravessando e acabei acertando a bengala dela.
Fuga de cor / Flávia•
O Igor estava no caixa do CDs e tinha me dado uma caixa de lápis que devia conter 2 lápis de cada cor. Eu conferi e disse que só havia 16, quando deveria haver 24.
/ Flávia•
Numa loja de brinquedos, eu procurava algo do Pingu. Achei num amontoado de caixas várias combinações de dois personagens em pelúcia, mas nenhum tinha o pingüim que eu queria. Tão logo me levantei, vi na mão da minha mãe uma caixa - a única - com O Pingüim. Convenci-a a dar pra mim facilmente; continuei a circular pela loja à procura de mais, encontrei meu tio e ele tentou esconder que levava dois caderninhos azuis pros filhos dele (no sonho ele tinha dois filhos).
Na seção mais ao fundo da loja, encontrei um bloquinho bem pequeno do Pingu, era lindíssimo. Eu sabia que minha mãe não deixaria eu comprá-lo, mas era tão bonito...! Abri-o pra olhar e as folhas eram realmente pequenas, talvez nem coubesse numa linha uma palavra completa. No final do bloco, percebi que uma menina já tinha escrito os dados dela, e que a aba da antecapa estava estragada - com isso desisti.
Mais uma volta pela loja, vejo pessoas de meia idade relembrando a infância com bonecos do Snoopy, Hércules..
Quando estou quase chegando ao caixa, reparo num adesivo colado atrás da gaveta que dizia que esta era apropriada para mortos (no sonho era normal que se guardassem mortos nas gavetas de cemitério). Pensei que era estranho que a maioria dos cemitérios não tivesse essa gaveta e a loja de brinquedos tivesse.
Antes de mim chega ao caixa o gerente da loja que, autoritariamente, fala à operadora que ela deve ir com eleao setor médico pois ele já fora avisado da situação dela. Ela nega com convicção, diz que está bem, mas era visível que não estava. Enquanto falava,ela se atrapalhava toda: prendeu-se no caixa, não conseguia conter seu rosto derretendo...
Acho que ela era uma morta (também era normal que mortos estivessem circulando por aí).
Metalinguagem / Flávia•
No sonho, eu estava contando a meus amigos o que eu acabara de sonhar - era um jogo em que tínhamos de adivinhar o desfecho do sonho.
mamãe, virei um peixe / Flávia•
era um peixe muito grande e muito podre
You win / Flávia•
Era competição de alguma coisa em dupla. Meu par era uma pessoa muito grande e dorte.
Nós ganhamos.
Eu o abracei pelo lado e o corpo dele era realmente acolhedor. Quando eu tive de soltá-lo, quis logo abraçá-lo novamente.
Na garagem da antiga casa da Tia A., estavam reunidos familiares meus de ambas partes.
Todos estavam se despedindo...num dado momento, paralisaram de mãos dadas e o meu avô foi o único que estava se movendo. Ele analisava a posição e expressão de cada um.
Depois de passado o episódio, explicaram-me que era para criar mais afinidades entre as pessoas que ainda não se conhecem- visto que havia parentes meus que não eram parentes entre si - e fazer mais facilmente as ligações genealógicas.
Mansa violência / Flávia•
SUbinda a rampa de acesso à minha casa, vi ao fundo da garamagem uma mulher em pé ao lado de um caixote de madeira que suportava um cartaz em que estava escrito
"Tigre que obedece a tudo.
Foi maltratado menos de 20x"
Conforme eu ia entrando, o tigre avançava em minha direção, mas com passos calmos - vindo, simplesmente.
Eu tinha em minhas mãos chocolate e um molho de chaves. Achei que ele as quisesse e joguei-as no chão. Porém ele continuou vindo - estranho como eu não esboçava nenhuma reação de medo.
Lentamente, ele abocanhou minha mão e começou a pressioná-la contra seus dentes. Mordia com força e estava doendo, eu queria tirar minha mão de lá, mas eu não fazia nada. Queria só que o tigre lesse meu pensamento e soltasse.
Eu tinha ganhado de alguém um cachorro com cerca de 1/3 do tamanho de meu dedo. Era um animal de proveta, e tinha nascido prematuro; além de ter uma cabeça também onde deveria ter um rabo.
Mas era tudo normal no sonho, e eu tinha gostado muito do cão.
Deixei-o na garagem para ele poder correr e tomar sol e fui usar o computador. Pensei que ele poderia se perder, voar ou ser esmagado, no entanto fiquei preguiça de voltar até lá e buscá-lo.
Minha mãe veio me chamar para sairmos. Desliguei o computador e fui pegar o cachorro...mas ele tinha sumido!
Então eu disse a ela que era difícil mesmo dar certo esses tratamento de inseminação artificial, e que depois eu tentava de novo.
björk / Flávia•
Entrei num supermercado muito, muito branco. Sentada perto de uma mesa, estava Björk com muitos encartes sobre a mesa da qual estava próxima. Havia cerca de cinco pessoas para pedir a ela autógrafo; fui lá e aproveitei pra conversar.
Disse que não conhecia nada daquela discografia (referindo-me aos encartes), e ela respondeu que pegou de sei-lá-o-quê.
Eu estava em meu quarto acompanhada de alguns amigos apressados. Minha clara calça jeans azul era o que me identificava no sonho em terceira pessoa.
Pressa, pressa. Esse era o ritmo do sonho.
Eu corria de um lado a outro pra pegar todo o material necessário. "Flávia, pegue os pingüins!"
Nós estávamos para invadir o condomínio em que a Elba Ramalho morava, mas eu não podia usar aqueles dois pingüins! Alguns amigos já os conheciam.
"Ai, meu Deus! E se a Elba Ramalho descobrir?"
Festa d´água / Flávia•
Uma festa na piscina.Não, quase isso: uma festa no mar.Na verdade só se sabia que era mar por causa do sal na água, além de que o fundo estava fora do alcance até do maior ser humano vivo.
-Ei, olha aí o que eu achei!
-Nossa, que bom!Empresta!
Era uma lente de contato, e eu a pedi para devolver à Gabriela.Como estávamos no mar, eu tinha que nadar pra chegar até ela, mas sempre que eu começava a ir, eu percebia que eu tinha que mergulhar inteira, molhando (e principalmente enchendo de sal) a lente.No fim dei um jeito de chegar a ela sem estragar a lente, porém quando ela pôs no olho, ardeu por causa do sal.Que sal?
-Ah!!Agora corram!Rápido!
-Mas Gabi..
-Rápido!
Pegamos o metrô (estação mar de festa, estava escrito) pra fugir do olho com sal.
Fake stealer / Flávia•
Estava toda a turma reunida na casa do Gian.A casa dele tinha uma saleta em forma de "L" conectada a um corredor que dava acesso ao resto do sobrado.
-Esse cachorro tá me dando no saco, alguém quer um cachorro? - disse Gian.
A Gabriela se empolgou com a idéia:
-Nossa!Vamos fazer umprojeto onde as pessoas possam adotar os animais?Tem muita gente que quer, eu sei.
A campainha soa e isso faz Caroline brincar:
-Já pensou se é alguém no portão que vem pedir um cachorrinho de estimação?
Olhamos pela janela e de alguma forma sabíamso que o Gian não conhecia o sujeito que estava ali à porta.
"Não, Gian!Não o deixe entrar, você nem o conhece!Ele não está entrando porque quer um cachorro!Não, Gian!"
Corremos para a porta a fim de ver o estranho subindo as escadas e ver o que ele realmente viera fazer na casa de Gian. O indivíduo começou a bater nas pessoas, jogar as coisas no chão...
-Carol, tranca a porta, rápido!Não o deixe entrar, por favor!
-Essa chave embutida nunca que vai impedir de arrombarem essa porta!
-Tudo bem, tranca mesmo assim e vamos pra debaixo do sofá.
De dentro da saleta em "L" ouvíamos os gritos, e cada vez mais temíamos que ele nos descobrisse debaixo do sofá.Mas foi exatamente o que aconteceu.
Foi possível enxergar uma mão batendo no rosto do bandido com uma pedra pome, e quando ele, enfraquecido, deitou no chão, fez alguma pergunta sem sentido.A pessoa cuja mão estava batendo respondeu outra coisa qualquer e bateu seguidas vezes no rosto do assaltante com a pedra.
O rosto dele se quebrou todo, e descobrimos que ele era feito de pedra pome.
Matei meu pai / Flávia•
Havia naquele cômodo apertado e mal iluminado uma espécie de criado-mudo ampliado ou escrivaninha, em cuja parte inferior existia um vão.Tal móvel ficava de frente para a porta de entrada, que ficava do lado de uma mesa baixinha e empoeirada.
Entrou meu pai acompanhado de minha irmã; minha mãe e eu já estávamos na sala.Ele tossia bastante e tinha uma aparência de doente.Falei qualquer coisa com ele e bati em suas costas...caiu no chão de bruços e todos, exceto eu, começaram a rir.Aproximei-me dele e notei uma razoável quantia de sangue escorrendo pelo chão.O sangue vinha do corpo de meu pai, cuja cabeça não era visível do meu ângulo devido à sua localização - no vão.
Achei estranho que apenas uma queda provocasse uma hemorragia tão grande.Olhei para minha irmã e mãe e elas riam ainda; fiquei em dúvida, mas forcei um riso e elas imediatamente pararam.Mais uma vez não entendi.
Olhei novamente para meu pai caído no chão, e passou pelo meu corpo um desagradável arrepio.Fechei os olhos em sinal de lamento e tentei me abaixar.Durante esse movimento abri os olhos e pude ver um movimento intenso de vultos de pessoas levando meu pai...procurei por pessoas conhecidas, mas não havia mais ninguém lá - ninguém além de estranhos.