Era madrugada quente, assistia televisão com a minha mãe. Z chegou, sentou ao meu lado e conversamos. Logo, já estávamos na casa de seus pais. Encontrei em um canto muitos sapatos de criança, que era de um filho da sua namorada. Fiquei enciumada e comecei a jogar os sapatinhos pela janela. Deitamos em almofadas, no chão e começamos a nos olhar com certo desejo e carinho, mas eu não queria ficar com ele. Z despiu-se, ficando apenas de cueca. Peguei seus pés e comecei a massagear e fazer carinho. Seus pais chegaram, tomaram café em nossa frente. Eles me deram de presente de natal um par de sapato, tamanho 39, que tinham comprado na Argentina, era um sapato de salto alto que se desdobrava e virava uma sapatilha vermelha. Vi em uma estante um grande par de sapato, com detalhes em madeira e plumas, com uma pintura esquisita, disseram que aquele par tinha sido fabricado na Estônia. O pai de Z começou a contar sobre suas viagens e falou sobre os metrôs da Irlanda. Comentei que meu sonho era conhecer as estações de metrô de Moscou.