Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Polícia Portuguesa / Hannap

Estava em Portugal, entrando em um shopping com a Tanya. Eu levava um beck no bolso. Quando descemos uma escada rolante havia um grupo de policiais abaixo, com seus cães farejadores. Um pastor alemão virou-se pra mim e latiu. Depois ficou me seguindo com o nariz no meu bolso. Eu, discretamente, tirei o beck do bolso e coloquei-o na boca, partido em dois e tentei escondê-lo entre o lábio e a gengiva, na parte interna do buço. Mas logo percebi que o beck ali dificultaria a minha fala, já que fatalmente eu seria interceptado pelos policiais. Surgiram mais dois cachorros atrás de mim, um mini-poodle e um coelho farejadores!. Já estávamos no estacionamento do shopping. Engoli o beck no instante em que apareceram dois policiais. Ele me analisaram e viram que havia cheiro de marijuana vindo da minha boca. Eu lhes disse: - Qual o problema?! Fumei um beck antes de entrar no shopping. Por acaso isso é crime em Portugal? Fomos levados a uma varanda. Um lugar bonito, agradável, onde estavam uns 15 estagiários de policiais. Eram todos da nossa idade, ou mais novos. Os dois policiais mais velhos se foram e ficamos ali, eu e Tanya, a conversar com os estagiários. Eram muito divertidos e se riam de mim, do meu sotaque brazuca. Falei: - Pô, qual o problema de fumar um beck? Vai dizer que ninguém aqui nunca fumou. Todos riam e concordavam. Me irritei e dei dois golpes com a mão, como se batesse numa mesa... Sem querer acertei a coxa de uma das policiais. Ela era muito bonita e ficou com uma cicatriz vertical ao longo de toda a coxa. Eu pedi desculpas e ela disse que não tinha nenhum problema, que entendia a minha raiva. Mas sua cara era de dor. Os outros estavam comendo laranjas e eu pedi um pedaço. Um deles disse que a laranja bloqueava a presença do beck na análise do laboratório e eu disse: - Aaaahh só um pedacinho... E todos riram. Era muito fácil de escapar de onde estávamos, mas eu e Tanya esperávamos o regresso dos cops numa boa. Perguntei para um dos estagiários se aqueles dois policiais estavam cheirados e ele levantou os ombros e as sombrancelhas de uma maneira afirmativa, sem dizer nada. Depois anoiteceu e acabou o trabalho deles. Percebemos que os policiais tinham esquecido da gente e fomos todos embora. Me lamentei por haver perdido uma tarde inteira em Portugal no meio daqueles policiais, sem fazer nada, mas ao mesmo tempo gostei da experiência.