Eu dormia com a cabeça abaixo da janela quando senti cheiro de churrasco. Levantei-me e na garagem havia várias peças de carne chamuscadas mas cruas penduradas no varal. Encontrei meu pai e um casal de amigos e eles disseram que não houve tempo de assar carne e fariam o churrasco no domingo seguinte. Argumentei que seria melhor assar a carne naquela noite pois até domingo a carne crua e em decomposição estaria infestada de larvas de moscas, dizia isto e pensava no alce putrefato que o personagem do filme Into the wild matara e não conseguira defumar. Eles concordaram e prometeram voltar mais tarde. Nesta noite as pessoas chegavam para o churrasco e eu estava tomando banho quando A entrou no banheiro porque a porta estava estragada e não fechava, puxou a cortina do box e fez cócegas na minha barriga como se me ver nua fosse a coisa mais corriqueira do mundo, mas senti que havia segundas intenções naquele gesto. Mais tarde eu estava na rua e L veio ao meu encontro. Ela estava chorando, transtornada e tinha um ar meio alucinado, falava várias coisas mas não dizia nada com nada. De repente começou a me abraçar, mas abraçava-me com muita força na altura do meu estômago e minha barriga doía e eu tinha dificuldade para respirar. Em seguida havia um bebê em seu colo e preocupada eu o o trouxe para o meu colo quando alguém disse que ele era a cara do Willie Wonka. Retorqui que ele se parecia realmente com Willie Wonka, mas o Willie Wonka no meu sonho era o Tatu da Ilha da Fantasia.