Havia uma cidade inteira no 1Oº andar. Um menino bonito que brincava com arte tinha os cabelos de vento e me preenchia com abraços.
Rolava uma festa na praça de graça e tinha gente esquisita, chata, íntima. Gente de todo jeito. Mas eu tava mesmo era com fome.
Uma mulher fazia uma comida muito diferente. Um frango com uma cobertura de algo, tipo agridoce. Mas eram várias cores e a do frango era mais pra rosé. Ela me dizia que o segredo era mexer e nunca usar uma colher por inteiro. Sempre colocar um pouco, voltar a fonte, misturar, pegar mais um pouco, até se dar por satisfeita.
Quando fui encontrar o lindo menino, percebi que já o conhecia há tempos. Tínhamos fotos e tudo mais. Como achei ele talentoso, disse que ia passar o contato do Everton, que era um amigo que desenhava muito.
Antes de acordar, perguntei se eu poderia usar os ursos dele por aqui, pra fazer lambe-lambe. Ele deixou.
No meio das coisas também tinha um parapeito que pra passar tinha que ter nuvem no pé, tinha a casa da minha vó com quartos altíssimos, quase inalcansáveis, peças de 35 mil reais na minha casa, Adler, Marcelo, Dj, Daniela.