Estava no calçadão de SM, entrei em uma loja para comprar um novo tipo de lápis branco para os olhos, que na verdade era um chocolate Bis, branco. A funcionária me pediu um tempo, pois tinha que pedir em uma distribuidora ali perto, e depois que paguei me informou que talvez eu não pudesse tê-los, pois acusavam de racismo quem usasse esse produto.
A espera demorava e resolvi ir até a distribuidora, ali perto. Cheguei na rua Floriano Peixoto e vi a loja, que se chamava KGB, entrei e vi que ali era uma igreja estranha. No momento que fui entrar vi que só tinha pessoas negras vestidas de branco, e que um padre exorcizava pessoas e dava a comunhão. Esperei um pouco e ao fim da cerimônia entrei na loja e fui atendida pela Grazi Massafera, pedi minha caixa de Bis branco e ela alegou que não poderia vendê-lo, pois isso era ato racista, então pedi que misturasse com o preto para que eu pudesse comprar. Logo chegou o Marcos Frota, também vestido de branco, e surgiu um clima entre os dois.
Fui parar em uma casa, que ficava no final da Avenida Rio Branco, era como uma choupana, toda construída com troncos de árvores e teto de palha, uma peça só com uma churrasqueira-cozinha conjugada com quarto, muito escura, onde morava MB. Ele estava preocupado e ,com ajuda de uns vizinhos, juntava talheres gordurosos para ir embora rapidamente. Saí da choupana e uma mulher disse para eu esperar que chegaria alguém para me dar carona. Fiquei na calçada analisando os prédios velhos e abandonados da rua, quando chegou um carro pequeno, todo em tons de rosa, e falei que 'nada melhor que ter um carro com estética Pedro Almodóvar'.