Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
O pintor esquizofrênico e suas filhas / LaisP

Sonhei com um rapaz esquizofrênico. Ele morava em uma cidade pequena onde os moradores não gostavam dele por causa de sua doença, o achavam louco e perigoso.
Para se manter são, ele mantinha o contato próximo com a cor rosa claro, dizia que aquela cor em especial o mantinha calmo e lúcido, era como um remédio para sua esquizofrenia. Ele tinha diversas cartelas de bolinhas adesivas pintadas dessa cor. Ele as colava onde tinha vontade para se sentir melhor.
Pai solteiro, ele tinha 3 filhas: a mais velha não deve passar dos 15 anos, a do meio que deveria ter uns 11 e a caçula que deveria ter uns 3 anos de idade, não mais que isso.
Ele pintava quadros, suas telas eram bastidores de madeira normais só que, ao invés de grampear a tela no bastidor, ele costurava a tela como um saco e apenas colocava o bastidor dentro desse saco feito de tela e costurava.
O vi pintando um de seus quadros, a tela era toda pintada de azul bem escuro e ele pintava direto com preto linhas verticais que pareciam trigo, ele me dizia como a tinta preta era uma cor com uma personalidade muito peculiar e manhosa enquanto passava o pincel com tinta preta sobre linhas amarelas.
Para fazer as tintas ele usava das terras de sua fazenda onde morava, ciente disso alguns dos moradores mais ricos começaram a tentar tomar posse de suas terras pouco a pouco afim dele enlouquecer de vez e conseguirem expulsá-lo de vez da cidade.
Sabendo da tramóia, as duas filhas mais velhas dele começaram a criar tentativas de impedir a diminuição das terras do pai, cercaram todo o território com arame farpado e soltaram todos os animais com a esperança destes ocuparem todos os hectares da família. Em uma das vezes, elas soltaram todas as galinhas que criaram o maior alvoroço correndo por toda a fazenda.
O pai por ser muito inocente não tinha idéia da maldade dos moradores locais e achava que o que as meninas aprontavam não passavam de mal criações e vivia chamando a atenção delas. Estas por sua vez, apenas aguentavam e continuavam a tramar idéias de impedir que o pai piorasse com as maldades das pessoas da cidade.
Meu sonho acabou comigo andando de carroça com minha mãe do meu lado, contando para ela a história dessa família enquanto passávamos pela fazenda deles e víamos pessoas da cidade tirando o arame farpado dos limites do terreno.
Eu desejava muito que as meninas conseguissem se livrar das maldades das pessoas daquela cidadezinha.