Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Ameaça do tráfico / Hannap

Sonhei que tinha pegado um taxi pra ir pra barra.
Eu levava um bloco de papel de desenho.

Passei pelo Itapuã, andando de skate, dentro do túnel do elevado do Joá, com o Ravi Porã no colo e filmando tudo com uma GoPro. Atrás, noutro skate, vinha a mulher dele.

Achei perigoso. Ele ia no meio da pista, os carro passavam com velocidade.
De repente um carro na nossa frente abre uma janelinha e coloca pra fora do buraco um cano de uma arma enorme. Eu fiquei assustado e me recolhi no banco. Achei que íamos tomar tiro.

Depois eu vi que era um carro do BOPE e e fiquei mais tranqüilo.

Chegando na barra existia uma favela gigantesca, tipo a rocinha, só que muito perigosa. O taxista foi mudando de assunto. Começou a falar de drogas. Começou a falar de um jeito meio malandro e foi entrando com o carro na favela. Como eu não conhecia o caminho achei normal. De repente percebi que ele estava na entrada do morro. Ele me intimou perguntando se eu não queria subir pra comprar umas paradas. Eu disse que não. Estava com muito medo.
De dentro do carro ele ia conversando com um monte de gente. Policiais e bandidos. Todo mundo entendia que íamos comprar droga.

Eu resolvi descer do taxi. Ele me perguntou se tinha algum problema e eu disse que estava tudo bem, mas que tinha que ir. Ele perguntou se eu tinha religião. Eu disse que era evangélico, budista, católico, que respeitava todo mundo. Ele me chamou de cuzão e me ameaçou dar um soco na cara.

Desci do táxi e fui andando bem nervoso. Queria ir para a avenida e pegar um outro táxi, mas eu estava num labirinto e não sabia por onde sair.

Fui andando e perguntando. Ninguém me respondia. Me olhavam feio.
Em algum momento entrei em um canto escuro, embaixo de uma ponte, vi no final um cara muito mal encarado. Ele começou a gritar e pediu pra eu levantar a camisa e dar uma volta. Fiz isso e congelei. Resolvi dar meia volta e sair dali, mas ele jogou em mim uma espécie de foguete sinalizador. Saí correndo mas vieram outros jovens bandidos atrás de mim. Eram quase todos crianças. Tentei explicar que só estava procurando a saída, mas eles não queriam saber e vieram me bater com pedaços de pau. Alguns jogavam um foguetinho menor e mais rápido que era disparado na altura da minha cabeça, eu desviei de uns 3 que quase me acertaram.

Corria entre umas barracas de lona, as crianças me cercavam. Consegui avistar a avenida no longe. Estava desesperado. Corri muito.

Lembrei que já não tinha o bloco da papel de desenho comigo.
Mas cheguei na beira da avenida e consegui pegar um outro táxi.