viajava de avião para ir para uma nova praia, com a família do meu pai. O avião fez o pouso e meu pai logo se levantou, pegou sua bagagem e ficou pronto para desembarcar. O avião foi parando e meu pai desceu imediatamente, enquanto eu e os familiares ainda pegávamos nossas malas calmamente. Logo o avião aumentou a velocidade e continuou viagem pelo solo. Ficamos preocuapados, pois não conhecíamos o lugar que estávamos, nem onde era a casa que o pai havia alugado. Alguém do avião falou que era um avião 'pinga-pinga', bastava puxar uma cordinha para ele descer onde quisesse.
Vimos que já estávamos nos distanciando de onde o pai desceu e descemos do avião. Era madrugada e começamos a procurar a tal casa. Caminhávamos por uma praia que eu já havia veraneado uma vez. Falei para o pessoal que tinha uma parte da praia muito lega, que era como um açude de mar, além de ser uma praia bem badalada, de pessoas ricas e famosas. Andamos por bares e lojas, muitas pessoas bêbadas pelas ruas e nada de encontrarmos a tal casa do meu pai. Pelo caminho íamos perdendo pessoas da família, e fiquei com medo de ficar sozinha por ali.
Depois de muito caminhar chegamos no subúrbio da praia, ruas de chão batido, arquitetura muito antiga e em péssimo estado de conservação. Começamos a deduzir que a casa era por ali. Segui por uma quadra e vi contruções demolidas, um grande prédio e uma igreja, que pareciam ter sido atingidos por um terremoto, mas transeuntes falavam que eram apenas obras mau construídas. Encontramos a casa alugada e entramos entusiasmados para conhecê-la, pois estávamos muito cansados. A casa, de três andares, era muito velha. No primeiro andar o piso era todo coberto por terra e sentíamos cheiro forte de alpiste. O local era abandonado, cheio de móveis luxuosos sujos e quebrados. Meu pai tentava desfazer o negócio para irmos para outro lugar. Eu disse que preferia até ir para Torres do que ficar ali.