Estava em um lugar (meio festa) que tinha uma remontagem de parte da exposição do Escher, e a atração principal era uma sala onde dependendo de onde você estivesse, e por causa de uma ilusão ótica, as pessoas ficavam com diferentes escalas. sabia que estava sonhando e achei legal ter uma segunda chance de visitar a exposição, já que não fui na vida real.
estava sozinha e não tinha ninguém para fazer a brincadeira comigo. andei até o fundo da mini sala e percebi que o teto ia abaixando. no final tinha uma câmera polaroid para que as pessoas pudessem tirar foto da experiência. a câmera era mínima! quase conseguia fechar minha mão ao redor dela. isso fazia com que fosse super difícil de mirar com ela.
apontei a câmera para mim mas como tinha achado a experiência da sala boba resolvi tirar só uma foto da minha cara. tive vergonha que as pessoas que estavam do lado de fora da mini sala percebessem isso e tentei disfarçar. como a câmera era tão pequena eu não tinha nenhum controle no manuseio dela, ela não correspondia às minhas expectativas de peso e meus movimentos segurando-a era todos exagerados. num determinado momento, bati com a câmera na minha cabeça e acabei disparando uma foto.
pensei "que droga, foto de cabelo nunca dá pra ver nada". mas quando olhei para as fotos que saíam era de outros momentos da minha vida, de uma festa com a carol luck. pensei que, "uau, essas fotos estavam esperando até agora para aparecer!!" e assim que pensei isso a imagem começou a sumir do papel fotográfico, a se deteriorar ficando cheia de pontos brancos com as bordas laranjas que iam aumentando.
entendi que isso era um mecanismo para ninguém piratiar o trabalho do Escher. que o intuito da câmera de fotos era só mostrar a imagem de um instante de ilusão, e não de criar uma lembrança.