Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Bad Lara / Hannap

Sonhei que eu morava com a Lara em Porto Alegre. Num ap com o mesmo desenho do meu aqui aqui do Rio. Só que era tudo mais cinza e estranho. O ap era detonado, sujo. Ficava no centro, num lugar bem movimentado. Meu pai e minha mãe moravam no mesmo ap, dormiam no quarto correspondente ao meu quarto no Rio. Eu e Lara dormíamos no banheiro, mas tinha uma cama dentro do box do chuveiro.

Era bem cedo. Meu pai saiu de casa. A Lara já estava acordada. Tinha um beck no nosso quarto, perto da chave do carro do meu pai. Fiquei com medo que ele entrasse pra pegar a chave e visse o beck. Minha mãe estava deitada, acordando, e começou a gritar o nome da Lara. A Lara se irritou e ignorou. Minha mãe chamava ela porque queria conversar, saber o que ela iria fazer da vida, em que iria trabalhar. Começou a resmungar deitada: — uma pessoa tem que saber o que quer da vida. onde já se viu? tem que começar a trabalhar. A Lara se irritava muito. Eu ficava no meio da situação me sentindo muito mal. Achava minha mãe intrometida e ao mesmo tempo achava a Lara arrogante. Entrei no banho, nesse meio tempo minha mãe acordou e foi pro trabalho.

A Lara pegou o beck e foi pra janela do quarto da minha mãe fumar. Ela se deitou na cama e fumou tranquilamente. Eu fiquei preocupado do cheiro ficar impregnado lá e minha mãe ficar puta. Pedi pra Lara fumar pra fora da janela, mas ela me ignorou. Acendi um palo santo (incenso) pra disfarçar o cheiro no quarto.
Da janela a Lara sacaneava as pessoas que passavam na rua, lá embaixo. Eram uns mendigos com um cachorro. Ela assobiava, gritava um nome e se escondia. O cachorro ficava intrigado.

A Lara falava espanhol. Ela era argentina, muito marrenta. Ela fazia o que queria e eu aceitava. Eu me sentia submisso. Eu ainda sustentava ela com o meu dinheiro

Em algum momento olhei pra ela por um espelho do quarto e fiquei com tesão. Comecei a agarrá-la, mas ela não entrou na onda. Baixei as calças dela e ficava olhando a bunda dela pelo espelho.
Ela deu um peido e me disse: — Sabés lo que aprendi ayer me tirando un flatito?
Era um tesão meia-bomba e logo se acabou. Eu me sentia péssimo, como um escravo emocional.