Estava de noite e eu e Pedro estávamos em frente a uma estrutura de metal branca recentemente inaugurada no Rio. Era bonito pois estava bem escuro e a estrutura era toda branca e iluminada. A estrutura era meio geodésica, mas mudava de formato e desenho em algumas partes. Era bem grande e estava montada numa praça, de onde podíamos ver o Museu do Amanhã ao longe. Era uma peça pública e as pessoas estavam usando-a como tal. Subiam nela, sentavam e conversavam. De certa forma a estrutura se tornou um espaço de uso público para assembléias e conglomerados de pessoas conversando. Logo, a polícia e o poder público apareceram e começaram a tentar dispersar as pessoas, porque era uma espécie de escultura pública não queriam que ninguém sentasse nela, nem a usasse de verdade. Eu e Pedro estávamos mediando a situação, tentávamos explicar que era bom que as pessoas estivessem usando a peça, que esta tivesse um poder de atrair as pessoas e acomodá-las. Argumentávamos os dois de forma super racional e direto, sem meandros. Era muito importante para a gente que as pessoas pudessem ficar ali, sentadinhas conversando.