Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Polvo Carente / Lua

Sonhei que estava em uma praia —sempre a mesma que minha cabeça criou para sediar sonhos litorâneos— o clima estava nublado e haviam algumas pessoas se banhando na parte rasa do mar, que estava agitado com a água bem mexida, quase barrosa.

Eu entrava na água e sentava em um banquinho, avistava minha irmã e falava pra ela tomar cuidado com as ondas. No mesmo momento, uma onda de tamanho médio se formava na frente dela, fazendo-a mergulhar por baixo dela. Quando a onda passou por mim, eu pude ver várias conchas e pedaços de corais boiando. Via, também, uma concha grande, cor de rosa e muito bonita. Quando a onda recuou, fazendo com que o nível de água da beira do mar baixasse, eu vi na areia muitas outras conchas do mesmo estilo. Me aproximei para pegar uma mas logo as perdi de vista.

Boiando em minha frente, apareceu um pedaço de tentáculo de polvo —com uns 20cm de diâmetro, dava pra ver que era de um polvo grande— cor de rosa, assim como as conchas. Fui até minha irmã, que estava mais pro fundo e senti outro pedaço de tentáculo batendo em meu braço. Olhamos pra trás e vimos que mais à direita havia um polvo grande e morto boiando de ponta cabeça, mas ele era acinzentado com nuances verdes e azuis.

Nos viramos para frente e fomos surpreendidas por uma onda enorme sendo formada e vi que atrás dela havia um outro polvo, mas dessa vez, estava vivo e era absurdamente grande, com mais de 10 metros. Ele tinha a mesma cor rosa linda e atrativa das conchas e também dos pedaços de tentáculos que boiavam soltos. Se não mergulhássemos por debaixo da onda, ela arrebentaria em cima de nós e, se mergulhássemos, daríamos de cara com o polvo.

Sem muito tempo para pensar no que fazer, mergulhamos, e então pude ver o grande polvo se esticando dentro da água, que estava mais cristalina. Ele tentava agarrar nossas pernas e nós nos esforçávamos para nadar pra longe dele —sem muito sucesso, porque parecia que mal nos movíamos—. Ele agarrou as pernas da minha irmã e então eu a segurei pelo braço e a puxei o máximo que pude. O polvo acabava indo cada vez mais para o raso e isso facilitou eu a soltar de uma vez.

Nós duas saímos da água e ficamos na areia observando o polvo, que parecia triste ao me olhar. Segundos depois, eu recebi uma mensagem no celular vinda de uma pessoa querida.
"O que nós somos?" aparecia no visor e eu pensava comigo mesma a resposta, mas sem enviar: "Você disse que nada.".

Voltava a olhar o polvo me sentindo sozinha.