Sonhei que estava numa mansão antiga e acabava indo parar no subsolo, que era cheio de cômodos bem grandes. As paredes eram de pedra, haviam correntes e grades por todos os lados e até uma espécie de córrego que passava entre as salas pelo chão.
Era de madrugada e eu via estátuas de guerreiros criando vida e tentando me acertar com espadas, mas eu mergulhava no córrego e passava por debaixo de uma grade pra fugir pra outra sala.
Nessa outra sala, eu encontrava um pacotinho de lentes verdes e uma vasilha de soro do lado. Era uma lente bem grossa, eu molhava ela no soro e colocava no olho direito. Quando me olhava no espelho, via que eu já usava uma outra lente no olho esquerdo, mas era da cor dos meus olhos. Eu a tirava e percebia que usei lentes a vida toda sem saber, mas também não colocava a lente verde nesse olho.
Indo pra outra sala, eu via algumas aparições bem sinistras e tentava desviar ao máximo a atenção delas, até chegar em um corredor com muitas portas grandes e pesadas. Uma porta se abriu lentamente e quando eu entrei, não conseguia mais sair. Apareceu um homem e uma mulher, nus e chorando. O homem devia ter uns 60 anos e a mulher uns 30. Era como se essa mansão abrigasse os espíritos de pessoas ruins ou das que sofreram algum abuso aí.
Eu subia em cima da mesa desesperada pra tentar fugir do homem que vinha em minha direção, mas ele agarrava minhas pernas, dizia que ia me estuprar e fazer várias outras coisas bem nojentas. Eu me pendurava em correntes que estavam no teto e tentava ir pra longe dele, mas a mulher me segurava e começava a me bater com uma corrente de ferro. Ela tinha olhos verdes e uma maquiagem preta borrada por conta das lágrimas. Eu pedia que ela parasse de me bater, dizia algumas coisas sobre feminismo que a tocavam e então ela parava de chorar e me deixava ir embora em paz.