eu olhava fotografias antigas da família de Z, algumas em um álbum velho e outras soltas no meio. Encontrei uma fotografia que aparecia um homem barbudo, como um patriarca ortodoxo, com mais três mulheres, estas muito altas –cerca de 2m de altura-, corcundas, com pés enormes e cortes de cabelo esquisito, com franjas disformes. Achei-os engraçados e comecei a rir e perguntei quem eram, pois achei que não faziam parte da família de Z. Ele ficou furioso por eu rir destas pessoas e disse que eram primos de sua mãe. Após estava na casa da minha avó, onde muitos familiares arrumavam camas para dormir na sala da casa. No quarto ao lado dormia meu tio O. e em outra cama uma mulher estranha, com longos cabelos crespos e ressecados. Neste quarto havia uma geladeira toda enferrujada. Os demais familiares acomodavam-se na sala. Z estava deitado no sofá-cama em baixo de uma janela, dividindo o espaço com minha mãe e minha tia. Eu deitava em outra cama e Z começou a reclamar que ouvia vozes vindas do lado de fora, não sabendo se as vozes eram próximas ou distantes, por isso dizia estar com medo. Disse para ele que isso era normal e que ele poderia fechar o vidro da janela para ver se resolvia o seu problema.