Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
oriente / li

estava em paris, embarcando no vôo q me traria de volta ao brasil. Após o embarque as comissárias acionaram um tubo de spray com um perfume agradável em todo o avião. O vôo tinha poucas pessoas, uma delas era um senhor calvo, que era piloto da TAM e falava que havia sido chamado com urgência pelos seus chefes superiores na empresa, ele temia ser demitido e por isso estava triste e angustiado em relação ao seu futuro profissional. Uma passageira, uma senhora, pediu para uma das comissárias um frasco do spray perfumado, eu aproveitei e também pedi um para mim também. A comissária retornou, muito simpática e atenciosa, com uma pequena bolsa amarela para nós duas, ali dentro tinha uma lanterna amarela e o spray que pedimos. Estranhei ter ganhado a lanterna junto, mas aceitei. Logo, comecei a conversar com a comissária, a conversa era agradável. Sentimos uma turbulência e estranhei que eu não fiquei com medo, e calmamente, fechei o cinto de segurança. O piloto falou que precisaríamos fazer um pouso forçado, em decorrência de um problema técnico na aeronave. As comissárias estranharam e foram para os seus assentos. Quando o avião começou a pousar, vi que estávamos aterrissando em uma estrada, na China. Estranhei esta rota, e todos os passageiros e tripulantes se perguntavam o pq de estarmos nesse país, já que o nosso destino tinha direção oposta. Lembrei que K. comentou, certa vez, que essa rota era usada nos tempos da primeira guerra mundial. Fiquei preocupada e pensando se teria havido algum conflito bélico grave em algum lugar. Pousamos tranqüilamente e a companhia aérea nos conduziu para um hotel. As comissárias seguiram na frente e alertaram os passageiros sobre os valores da moeda local, entrando logo para o seus aposentos. Eu gritei para elas, tinha dúvidas de como eu me comunicaria ali, e como se dizia ‘sim’ e ‘não’ em chinês. Elas não ouviram. Logo, já estávamos dentro do avião, seguindo para o nosso destino, o Brasil. Lembrei que não havia vestido meias elásticas, e como o percurso seria bem mais longo que o previsto, fiquei preocupada com a minha saúde. O avião fez, novamente, um pouso imprevisto, mas dessa vez no Egito, na cidade do Cairo. Descemos todos e fomos passear pela cidade rapidamente. Eu caminhava pelas ruas da cidade, e me sentia muito bem, parecia que eu estava ‘em casa’, mesmo com as diferenças culturais latentes. Nessa caminhada, eu já estava acompanhada por X e W. Entramos em um supermercado e olhamos os produtos a venda, todos muito diferentes. Caminhamos mais pela cidade e numa rua afastada, sem calçamento, vimos muitos ciganos sentados pelos cantos, enrolados em cobertores velhos. Senti um pouco de medo, mas logo eles começaram a dançar e a cantar músicas típicas, que eram lindas. Discretamente saquei a máquina fotográfica da bolsa e filmei-os, de longe. Tivemos que retornar ao avião imediatamente e solicitei a comissária que ela encontrasse a minha bagagem, pois precisava da meia-elástica para vestir e prosseguir a viagem tranqüilamente. Alertei ela que isso era um caso de vida ou morte para mim. Descrevi minha mala e ela foi ao compartimento de bagagens procurá-la. Ela retornou com uma pequena mala azul, que não era a minha, ressaltei a ela q a minha mala era azul, porém, grande e com alças listradas. Ela seguiu procurando, mas o avião decolou. Resolvi mentalizar que nada aconteceria com minha saúde e logo fiquei distraída avistando a cidade pela janela do avião. A aeronave voava muito baixo, o que favorecia visualizar templos antigos,todos com cúpulas douradas, rios, ruas e detalhes da cidade do Cairo, que era muito bonita.