Eu estava em país estranho. Não sabia qual era, mas sabia que ali não se gostava muito de futebol.
Estava eu e o Villas num quiosque de comidas no meio da rua.
Eu não tinha muita fome, mas tinha vontade de comer.
O lugar só vendia sanduiches de carnes, tipo camarão e butifarra.
Não me lembro se comi, mas lembro que o Villas não, porque ele é vegetariano.
De repente o Brasil fez um gol contra o tal país. No estádio não havia torcedores. Foi pouca a vibração. Logo teve o intervalo de jogo e a gente começou a pintar e desenhar o tal quiosque que virou um atelier ao ar livre e o Villas virou o Caco.
O homem que vendia as carnes foi embora com a churrasqueira dele enquanto eu e Caco estávamos fazendo uma colagem e pinturas.
De repente ele apareceu com uma pastilha igual àquelas pastilhas de sabão em pó de máquina de lavar roupa.
Era uma droga. Ele disse que era como um sonho incrível.
E que não podia tocar nela quem fosse comê-la. Ou seja, alguém tinha que te dar na boca.
Estavam mais duas amigas e o Caco colocou a pastilha na boca delas.
Era um pastilhão gigante com textura de paçoca. Meio seco.
Depois ele perguntou se eu queria e eu disse que não. Perguntei que onda dava e ele disse que ficava-se imprestável. Eu tinha muita coisa pra fazer no outro dia e neguei. Dei a pastilha na boca dele ai uma metade se esfarelou na minha mão e eu acabei comendo um pouco. Pensei que o pouco que eu havia ingerido podia funcionar como "vacina".
Estão todos viajando, Caco e as duas meninas e chega a minha vó. Ela pergunta quanto está o jogo e ninguém sabe. Eu tento dissimular que estamos doidos e digo que a última vez que eu vi tava 1x0 pro Brasil, gol do Robinho.