Fui acompanhar minha avó à localidade de São Geraldo, no interior do interior de Santa Maria, onde ela passou sua infância. Ao chegar à localidade, ela mostrou-me o local onde era sua casa. Atualmente, ali era uma modesta instituição do governo. Percebi que o povoado era grande, maior e diferente de quando eu havia visitado anteriormente com meu ex-marido. Havia construções típicas da ilha dos Açores, do século XVII. Muitas casas estavam abandonadas, pois os habitantes mudavam-se por não gostarem que no povoado houvesse pequenos cemitérios espalhados pelas ruas. Vi uma igreja antiga e um boteco, onde os homens se encontravam para beber. Pensei ter visto o pai da minha avó, mas lembrei que ele já estava morto desde 1965. As pessoas eram caipiras muito amáveis, se reuniam em praças para dançar e cantar. Minha avó entrou em uma instituição do governo para assinar uns papéis e da janela avistei o túmulo do seu irmão gêmeo, que falecera quando tinha 2 meses de vida. Minha avó falou que não se interessava pelo velho túmulo, pois seu irmão gêmeo havia nascido nos Açores, enquanto ela ignorava o seu local de nascimento. Fiquei muito feliz com a revelação de que meus bisavós tinham vindo dos Açores, queria saber qual das ilhas, mas minha avó não queria falar nesse assunto. Caminhando pelas ruas do local, eu perdi minha avó. Fiquei triste e procurando encontrá-la. Eu mostrava fotos dela para os nativos, mas ninguém respondia. Entrei em um bosque onde estava um senhor muito velho, moreno, enrugado e com as mãos calejadas, ele fazia esculturas com restos de ossos de animais. Ele disse que conhecia minha avó, mas não havia visto ela nos últimos anos. Enquanto procurava a minha avó, eu fotografava o local. Anoiteceu e senti medo. Fui procurá-la em uma ponte, e percebi que a ponte ligava dois castelos, cada um com duas minas de carvão abandonadas.