Drömma

aisling . dream . rêve . sogno . sonho . sueño . traum . śnić
Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
cpi do didi / en_drigo

o estranhamento, dentro do sonho, era tão grande e me dava a impressão de que eu estava fora do brasil - ou sei lá qual país em que eu estava - havia muitos anos. e como passara o tempo, aquilo que eu imaginava acontecido não havia acontecido de fato, mas de outra maneira. o zacarias não tinha morrido mas, parecia que insurgente, migrado para outro departamento da rede globo, tornando-se pupilo do chico anisio, fazendo as vezes do próprio zacarias, aluno do professor raimundo.

já o renato aragão figurava como candidato à presidência da república, mas como didi mocó pois - alguém me explicou - o nome renato aragão estava ligado a algum escândalo de ordem financeira, capa da revista carta capital.
Hotel Umberto / L.

Estava num congresso de design em Santa Maria. Fiquei hospedada no Hotel Umberto. Só que o hotel era lindão... uma construção antiga e cheia de móveis de época. Os quartos eram imensos e a recepcionista era a Sarah Jessica Parker.
macaco-aranha / en_drigo

uma junta, talvez de médicos, ao passo que num momento seguinte parecia ser de curandeiros, todos em branco, fez um boneco vudu do meu gato preto, chamado Mao, com as proporções de um homem adulto. o protótipo parecia feito com retalhos de borrachas de câmaras de pneus, estava acomodado em uma cadeira, sendo estudado pela junta, que voltou-se a mim para um breve veredito:"o pêndulo acusa que o chacra da pélvis está desiquilibrado". eu assenti, completando:"deve ser porque eu não mandei castrá-lo ainda, ele é muito novo." Mao, o gato, surge correndo na sala onde eu e a junta estávamos, muito suado e com as proporções de um cão labrador. eu comecei a sibilar com a boca, chamando-o, como sempre faço, e quando ele chega perto, não se trata do gato Mao, mas de um macaco-aranha.
livros no banheiro / li

um namorado me levou na casa de um amigo, um senhor de idade avançada que colecionava livros em um banheiro. Ao chegarmos na sua casa, bastante escura e com muitos móveis antigos, estava ele e sua filha, uma mulher de 40 anos. Eles nos trouxeram muitos dos seus livros que estavam no banheiro, cada livro ficava guardado em caixas de papelão. Uma das obras era o livro ‘clarissa’ do érico verissimo, uma edição inglesa ilustrada luxuosamente. Achei lindo e perguntei se ele não tinha o ‘música ao longe’, não obtive resposta. O senhor voltou ao banheiro e de lá trouxe um livro de um poeta, que segundo ele era um ancestral meu, porém o sobrenome do autor era vilanoya e não vilanova como o correto. Começei a falar da etimologia do meu sobrenome e o senhor discordava de tudo que eu falava. Fiquei irritada e saí da sala. Entrei em um corredor que me levava para um quarto e ali me escondi até o velho e sua filha sair. Fiquei embaixo de uma mesa e eles me viram e estranharam eu naquele lugar. Saí desse quarto e fui parar em um terraço, onde se avistava o parque itaimbé em sm, ali tinha uma senhora muito bonita que chorava o tempo inteiro.
ococô / en_drigo

plano, branco, infinito, e eu deitado nisso, era o meu colchão. muio grande. tão grande, que as pessoas começaram a circular (eu acho que já esperava por isso). e deitado ali, gente que não acabava mais, passando por cima, pelo lado, por todos os lados, uma multidão, e eu já com vontade de sair debaixo das cobertas.



até que alguém pisou na minha mão, eu enchi o saco e fui ao banheiro: dei uma mijada senão eterna, duradoura, do tipo que parecia não ter fim. quando fui dar a descarga, vi que ali sempre esteve um cocozão serpentinado, que se recusava a descer sanitário abaixo, lutando contra o redemoinho de águas.



e isso me preocupou. tinha uma fila na porta do banheiro e eu teria, inevitavelmente, que me responsabilizar por algo que não era meu.
avisos / li

surgiu uma vaga para eu trabalhar no guión, como agente cultural, fui e fiz a entrevista. saí de lá e a namorada de um cara que eu estava a fim correu para cima de mim e mordeu o meu rosto. fui me esconder em baixo de um palco, era um teatro bem grande e bem equipado com vários ventiladores. encontrei ali uma mini-saia rodada, cintura alta de veludo azul-marinho. vesti e ficou perfeito em mim, resolvi ligar para a lau para passar na casa dela e mostrar. qdo ela atendeu (eu a via) era de madrugada, muito quente, e ela estava sem sono na sacada do seu apartamento, na lima e silva, em frete ao zaffari. logo após estávamos caminhando em uma cidade estranha cheia de prédios bem velhos, era suburbio de algum lugar e procurávamos um lugar para tomar um cerveja. a lau tinha que parar em telefones públicos a cada cinco minutos para avisar a diarista dela que não fosse fazer a limpeza naquele dia .
pãezinhos / Lola

Haveria um grande jantar na minha casa,mas a minha casa era a casa da minha tia,e todos estavam atarefados com os preparativos,menos a tia que seria a personagem principal no jantar e apenas se enfeitava e supervisionava os preparativos.No pátio havia uma barranco e o pessoal da padaria ao lado havia deixado ali uma cesta com três pãezinhos doces com cobertura de creme.Peguei um pãozinho e comecei a comer mas qdo me dei conta não eram pãezinhos e sim gatinhos,muito filhotes,amarelinhos,e cujas costas eram feitas de pão doce com cobertura de creme.Então fiquei enojada e cuspi fora o que estava mastigando,era macio e tinha gosto de pão doce,mas eu não queria engolir o gatinho.
passarinho / li

eu dormia na minha cama quando entrou minha avó ( já falecida) no meu quarto e deitou ao meu lado. Ela ficou pouco tempo ali, só o tempo de esquentar as cobertas e saiu logo após. Tentei acordar para falar com ela e perguntar se ela estava bem. Demorei para despertar e quando consegui, vi que tinha apenas um passarinho branco do meu lado fazendo carinho nos meus cabelos .
nos canos / en_drigo

do ralo do banheiro saía um ruído igual ao barulho que faz o caminhão do lixo, quando passa na frente da minha casa (isso acontece todos os dias, sempre a uma da manhã). enfiei o meu braço lá dentro, descendo-o inteiro, até a altura do ombro. enquanto o fazia, a sensação era de que as paredes do encanamento do ralo eram de carne, o interior do buraco do ralo pulsava como um organismo em volta do meu braço, e eu o enfiei ali o máximo que pude, para trazer de volta um punhado de pelos e alguns arames.



devo ter machucado a carne em volta do ralo, trazendo estas coisas, pois sentia o chão ondular, embaixo de mim.



deixei o ralo sem tampa, por fim, tinha certeza que mais tarde teria vontade de enfiar o braço ali dentro, outra vez.
revés / en_drigo

marcio simch deixou comigo envelopes carimbados, onde no carimbo se lia "marcio simch".

imediatamente lembrei dos pacotes de cocaína comprados em um morro carioca, onde se lia "com mestre salú não tem miséria".

marcio simch deixou os seus envelopes carimbados com "marcio simch" sob minha responsabilidade, eu não poderia perdê-los.

os envelopes de marcio simch com "marcio simch" carimbados causavam muita curiosidade entre as pessoas, todas elas queriam ver o que tinha dentro dos envelopes "marcio simnch".

foi então que eu me dei conta que o carimbo no envelope dizia "marcio simnch" e não "marcio simch", como eu pensei ter lido.

tentei lembrar, sem sucesso, se eu não teria me enganado ao ler o carimbo "com mestre salú não tem miséria", talvez estivesse escrito, na verdade, "com sestre malú mão tem niséria". já não lembro se era um corro marioca, mas sarcio minch já não falava direito comigo ao lefetone, eu já não endentia soica almuga do que rascio minhsc me zidia.