Drömma

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Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Brincadeira trágica / Hannap

Sonhei que da janela do meu apartamento dava pra ver vários telhados dos prédios da frente. Os prédios do outro lado da rua tinham todos a mesma altura e se encostavam. Dava pra caminhar sobre os telhados eles, pois eram planos, levemente inclinados. Vi duas crianças, uma com uns 6 anos e a outra com uns 3, correndo atrás da sombra de um urubu enorme que estava projetada naquele chão de telhados. As crianças corriam felizes atrás da sombra. As crianças conseguiam correr na mesma velocidade da sombra e era uma cena bonita. De repente a sombra ultrapassou o limite do telhado, em direção à rua. A criança grande parou e sentou no telhado. Já a criança menor continuou caminhando e caiu do alto daquele telhado lá embaixo, no asfalto, na rua. Eu não conseguia olhar. Sabia que ela iria morrer. Fiquei ouvindo os gritos engasgados dela que vinham lá de baixo e comecei a chorar.
Rata riponga / Hannap

Sonhei que no meu quarto havia um cantinho no chão embaixo da mesa que estava cheio de coisas empoeiradas, que fazia muito tempo que eu não limpava. Comecei a ouvir uns barulhos vindos dali.
A Mel disse que tinha um rato que morava ali. Eu resolvi olhar e comecei a mexer naquele canto com um cabo de vassoura. De repente saiu dali um rato enorme e foi correndo pra sala. Fui atrás dele e vi que era um bicho maior. Era um coelho. Aí, já no corredor em frente à cozinha eu consegui pegá-lo com a mão e vi que era um outro bicho. Um animal estranho que foi crescendo e se transformou numa mulher de uns 60 anos. Uma coroa moderna, meio riponga.
Eu fiquei chocado, a Mel também. Na cozinha estavam a Palomita e o Gustavo. Todo mundo ficou perplexo e ao mesmo tempo achando engraçado. Eu falei com ela: - Peraí, há quanto tempo você está escondida aqui em casa? Ela disse que fazia anos que morava ali. A gente começou a rir e eu disse. Vamos passar um café e vamos ali pra sala que tem muito assunto pra gente conversar.
Problema lógico no fim da estrada / Hannap


Sonhei que estava conversando com o ministro do STF, Marco Aurélio, mas no sonho eu chamava ele de Celso (de Mello).
Eu e mais um grupo de pessoas estávamos perguntando-lhe uma série de coisas e ele nos respondia. Depois ele foi indo embora e eu fiquei com uma dúvida. Fui atrás dele. Tentei chamá-lo, mas ele não olhava. Eu gritava: - Celso! Celso!
Percebi que Celso não era o seu nome e então comecei a gritar: - Procisso! Procisso!
Ele também não olhava. Eu queria dizer ministro, mas fazia confusão e dizia procisso.

Depois disso eu e a Marina, amiga do Herbert, pegamos um Uber para irmos para a minha casa namorar.
Mas o Uber era dirigido por um cara muito lerdo e que se atrapalhava com o delay do Waze. Eu disse pro motorista: - Dobra aqui, à direita. Mas ele não dobrou. Acabamos indo para uma estrada sem saída que terminava em uma caverna.
Nessa caverna tinha uma lojinha, logo na entrada. Um monte de pessoas legais, cool.

Mas tinha também uma funcionária estatal de um órgão ambiental que orientava quem chegava lá.
Aquela região era uma área de proteção ambiental, toda restrita.
Perguntei para ela como fazíamos para sair dalí.
Aí ela me explicou que indicaria o caminho de saída se eu apresentasse um documento que deveria ser retirado numa secretaria desse órgão do meio-ambiente.
Uma coisa absurda. Um paradoxo lógico!

Para sair de lá eu precisava apresentar um documento que tinha que ser retirado na cidade, longe de onde eu estava. Era impossível sair!

Eu falei pra ela que não queria estar ali. Havíamos chegado por engano. Fiquei indignado.
A moça, resignada, entendia o problema lógico, mas dizia que não podia fazer nada. - É a lei.

Eu ainda argumentei com ela. Que ela deveria dar a instrução de saída. Que mesmo que ela fosse demitida ela poderia entrar na justiça. E que qualquer juíz, entendendo o caso iria dar ganho de causa para ela. Que ela viraria uma referência nacional. Poderia até virar nome de lei.
Mas ela não estava disposta a ser uma revolucionária.

Vi que os funcionários da lojinha fizeram uma cara de “deixa pra lá”. Davam a entender que era só ignorar isso e ir embora.
Subi uma escada e vi que havia um caminho para a cidade. Fomos, eu e Marina.
O motorista do Uber eu não sei como se virou. Pensei em dar-lhe uma estrela.
Cavalos gays / Hannap

Sonhei que estava com a Lízia e a amiga bonita dela, de olhos claros, costureira. Estávamos num campo. Nesse campo havia dois cavalos, um branco e outro marrom.
O branco estava de pau duro. Um pau enorme.
De repente os cavalos se aproximaram e começaram a se enroscar. O cavalo marrom também ficou de pau duro e eles deram uma cambalhota juntos e caíram deitados. O cavalo marrom penetrou o cavalo branco e eles transaram deitados na grama.

Antes disso eu estava com a minha mãe assistindo uma palestra de um sujeito que contava a história de uma série de livros infantis que ele havia publicado no Brasil dos anos 80. Ele dizia que escrevia os textos e que pegava desenhos de outros livros estrangeiros, alterava as cores e usava nos seus livros. Assim ele publicou centenas de livros e ganhou dinheiro, utilizando ilustrações roubadas.
viagem física e mental - RG x Pel / zibag

Sonhei que estava em Pelotas e tinha que comprar passagem de ônibus para Rio Grande. Estava atrasada para chegar na rodoviária. Era tarde, mais de 23h e cruzei a cidade a pé. Atravessei uma praça correndo, passei por algumas figuras meio esquisitas, inclusive a Fernanda L me chamou, ela estava só de calcinha, como se fosse uma prostituta. Eu falei um pouco com ela mas segui meu rumo e entrei num túnel, como um tobogã que era um atalho de uma parte muito alta da cidade, para uma parte mais baixa. Esse tobogã subterrâneo era todo fracionado em rampas muito ingrimes que mudavam de direção e eu fui escorregando e passando por poucas pessoas. Até que eu cheguei num guichê de venda de passagens que era também venda de drogas. A interface do computador que mostrava os lugares dos ônibus também tinha desenhinhos de maconha e outras drogas pra pessoa comprar o bilhete de viagem física e de viagem mental. Fiquei impressionada porquê era muito descarado, como se fosse uma coisa normal, legalizada, como em Amsterdam. Tinha uma guitarra de acrílico no chão para sinalizar esse lugar de vendas. Fiquei de cara como peguei tantos ônibus e nunca soube da existência desse lugar.
olhinhos / zibag

Eu queria atravessar o Brasil com um barco que era uma arca antiga, de madeira pesada. Convidei mais 3 ou 4 amigas para fazer comigo. Nos trechos de terra a ideia era carregar a arca em fila, e íamos fazendo um rodízio de quem ficava na frente. Estava fazendo o planejamento disso e avaliando se precisaria chamar mais gente pq a arca era muito pesada.
Sonhei com “cartas” espalhadas na mesa e cada uma era feita de cartolina rosa claro circulares, cortadas a mão, com um olhinho desenhado. Para a gente escolher com que olhos vemos as coisas.
Encontrei a Francine que estava com uma outra amiga dela. Nos abraçamos e contei que estava fazendo um equipamento que era um beliche cheio de possibilidades para fazer acrobacias, e que poderia se transformar numa espécie de festa para alugar. Ela ficou feliz por mim que estava fazendo algo tão diferente e divertido como trabalho. Era algo como um trailler. Me dei conta que só sonhei com mulheres hoje.
Gorda / li

Acordei e fui ao banheiro escovar os dentes. Ao me olhar no espelho, me vi gorda. Achei engraçado e pensei que antes não era assim e como seria minha vida, tendo que comprar novas roupas para poder sair de casa. Achei engraçado. Percebi que meu dente superior da frente estava mole e ficava maior e torto que o outro dente ao lado. Sei que pedia para minha mãe marcar dentista.
/ gruszka

eu visitava um lugar lindo no interior de SP com algumas pessoas, era um convento e uma comunidade religiosa católica. as pessoas que estavam comigo às vezes desapareciam ou mudavam durante o sonho, tinha essa relativa rotatividade de personagens. nós íamos a pé até o lugar e a caminhada pelo acostamento e quilômetros de estradinhas de chão e caminhos abertos no mato era muito tortuosa, mas a recompensa - esse lugar místico além das expectativas, fazia tudo valer a pena.

a jornada começava difícil já na BR; estávamos todos de chinelo e o asfalto quente os ia desgastando muito rápido. quando entramos então nos caminhos de terra e mato, já não tínhamos quase nada pra proteger os pés e andávamos descalços. lembro de que um amigo desistiu no meio, ele se jogou no chão e ali ficou, não havia nada que a gente dissesse que o fizesse continuar.

chegando nessa comunidade, eu percebia que havia esquecido tanto minha câmera quanto celular em casa, e tinha só dois bolsos rasos no shorts. isso era tão importante pra mim que de repente eu não suportava mais estar ali, era como se eu precisasse da câmera pra validar a minha experiência. eu surtava e começava a chorar e a gritar e as pessoas que estavam comigo não entendiam o porquê, não tenho certeza nem se eu entendia o porquê, mas essa impossibilidade de fazer o registro me matava por dentro
Perfumes no chão / li

Estava na casa da minha avó, no refeitório estava minha mãe, minha madrinha e minha filha. Olhei para o pátio e vi no chão alguns dos meus perfumes, minha filha disse que brincava de agrupa-los de 2 em 2, reconheci o meu Cartier. Anoiteceu e eu fui recolher. Vi um frasco de perfume verde, que era o Poison, e não era meu, então minha mãe disse que era seu.
Lara em Barcelona / Hannap

Sonhei com a Lara, de novo.
(Ontem encontrei com ela na feira e na despedida ela me deu um beijo no pescoço. Fiquei abalado.)
No sonho estávamos em Barcelona.
Ela morava sozinha lá, em uma casinha isolada da cidade, numa parte alta.
Eu fiquei lá na mesma casa. Mas eu estava inquieto.
Eu queria estar com ela, namorar com ela. Ela não.
Não avisei pra ninguém que eu estava em Barcelona. Meus amigos. Ninguém sabia.
Eu ia ficar poucos dias.
Falei com a Babi pelo telefone. Contei pra ela sobre a minha frustração.
Ela me deu um conselho: gritar. Eu comecei a gritar, primeiro baixinho, depois fui gritando mais alto.
O grito ecoava na cidade.