Drömma

aisling . dream . rêve . sogno . sonho . sueño . traum . śnić
Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
/ gruszka

eu visitava um lugar lindo no interior de SP com algumas pessoas, era um convento e uma comunidade religiosa católica. as pessoas que estavam comigo às vezes desapareciam ou mudavam durante o sonho, tinha essa relativa rotatividade de personagens. nós íamos a pé até o lugar e a caminhada pelo acostamento e quilômetros de estradinhas de chão e caminhos abertos no mato era muito tortuosa, mas a recompensa - esse lugar místico além das expectativas, fazia tudo valer a pena.

a jornada começava difícil já na BR; estávamos todos de chinelo e o asfalto quente os ia desgastando muito rápido. quando entramos então nos caminhos de terra e mato, já não tínhamos quase nada pra proteger os pés e andávamos descalços. lembro de que um amigo desistiu no meio, ele se jogou no chão e ali ficou, não havia nada que a gente dissesse que o fizesse continuar.

chegando nessa comunidade, eu percebia que havia esquecido tanto minha câmera quanto celular em casa, e tinha só dois bolsos rasos no shorts. isso era tão importante pra mim que de repente eu não suportava mais estar ali, era como se eu precisasse da câmera pra validar a minha experiência. eu surtava e começava a chorar e a gritar e as pessoas que estavam comigo não entendiam o porquê, não tenho certeza nem se eu entendia o porquê, mas essa impossibilidade de fazer o registro me matava por dentro
Perfumes no chão / li

Estava na casa da minha avó, no refeitório estava minha mãe, minha madrinha e minha filha. Olhei para o pátio e vi no chão alguns dos meus perfumes, minha filha disse que brincava de agrupa-los de 2 em 2, reconheci o meu Cartier. Anoiteceu e eu fui recolher. Vi um frasco de perfume verde, que era o Poison, e não era meu, então minha mãe disse que era seu.
Lara em Barcelona / Hannap

Sonhei com a Lara, de novo.
(Ontem encontrei com ela na feira e na despedida ela me deu um beijo no pescoço. Fiquei abalado.)
No sonho estávamos em Barcelona.
Ela morava sozinha lá, em uma casinha isolada da cidade, numa parte alta.
Eu fiquei lá na mesma casa. Mas eu estava inquieto.
Eu queria estar com ela, namorar com ela. Ela não.
Não avisei pra ninguém que eu estava em Barcelona. Meus amigos. Ninguém sabia.
Eu ia ficar poucos dias.
Falei com a Babi pelo telefone. Contei pra ela sobre a minha frustração.
Ela me deu um conselho: gritar. Eu comecei a gritar, primeiro baixinho, depois fui gritando mais alto.
O grito ecoava na cidade.
Bacurau / cauli

Eu acabei de ter um sonho muito vívido, e meu sonho era o filme Bacurau. Sim, tinha cenas violentas mas o filme era um sonho lúcido, e o dono do filme fazia sempre esse tour guiado no 'filme', que era na verdade um estado de nirvana de sonho.

Eu percebi que estava sonhando no sonho, mas acreditei que o tour guiado realmente existia. Mas o pior é que acreditei que as novas regras de horário de aula do MEC estavam permitindo que os criadores do filme 'mostrassem Bacurau' para todos os alunos da rede pública.

A gente discutia o sonho dentro do sonho enquanto ele acontecia, uma espécie de director's cut Waking Life. Discutia o quão complexas eram as cenas, mas também o quão difícil era fazer todo mundo entender que era apenas um sonho.

Eu ainda nao assisti Bacurau, mas esse sonho foi tão sensorialmente impactante que parece que tenho um novo amigo (o diretor que sonhou o filme). Óculos redondo e bigodinho. Cabelo preto enrolado. Levemente baixinho.

Lembro da cena de uma senhora matando a facadas a família em um banheiro com banheira branca. Lembro dos grandes pilares de concreto queimado e um corredor com escadas escuras industriais. Lembro da sensação de entrar num mar verde petróleo no golden hour.
Banheiro / li

Eu encontrava T e íamos para um apartamento que eu tinha em outra cidade. Quando chegamos era noite e RR foi junto. Nos deitamos e T levantou e disse que precisava fazer coco. Eu também fui fazer em outro banheiro e RR também. Fui num banheiro de serviço, para que eles não me vissem nem sentissem o cheiro. Chegou mais 2 casais amigos deles e iam se hospedar ali. Eram tatuados e usavam roupa preta, e eu não gostei muito deles, mas resolvi que ia curti-los. Sai para um pátio e era uma casa de madeira com varias pessoas.
Reencontros / li

Estava em minha casa nova, com muitas janelas grandes. Vi que do lado de fora estava EF e fingi que não a vi, para ela tocar a campainha, mas ela ficava parada ali fora. Minha filha entrou na casa pela porta da cozinha e trazia T junto, e ao ir encontrá-lo, nos desencontrávamos pelo corredor do meio da casa. Abracei T e disse que estava feliz em vê-lo na minha casa, no Chile. Percebo que ele tinha algo estranho na boca, como se tivesse perdido os dentes da frente, e ao falar sua voz havia mudado, parecia mais fina.
Fui menina pracinha e encontrei LDN e o marido, e minha filha chegou procurando a filha deles, mas não a viu. Logo a filha deles apareceu, com cabelos raspados.
Flor de lavanda na chuva de cacos de vidro / li

Eu e T nos encontramos e nos apaixonamos de novo. Ficamos juntos. Nos abraçávamos e deitados, conversávamos, sobre a vez que ficamos juntos, ha anos. Fomos para um lugar, tipo praia, mas era na zona sul de Porto Alegre, num bairro bem descolado. Chegamos na casa que íamos ficar, um cômodo com escada e uma grande janela no teto. Saímos e encontrei minha prima CVS, que estava morando ali com A ex namorada também, mas elas moravam na parte de cima do morro. Nos vimos e ela nos convidou para comermos churrasco de coração de galinha, e fiquei de voltarmos depois. T não queria voltar.
Sem roupas, nos Deitamos numa cama com lençóis brancos e com um ramo de flor de lavanda, fiz carinho por todo o corpo dele. Sentia feliz com a maciez da pele branca e delicada dele e com o perfume da lavanda da carícia. Saímos para passear, cada um para um lugar diferente. Voltei e encontrei uma moça ali na casa, mas deitei imediatamente e fingi dormir, enquanto ela veio e me disse que não tinha nada com T . Sai de novo e comprei um sapato. Voltei para a casa e minha mãe estava lá. fui ver o sapato e parecia feio, e vi que a loja me deu sapato errado, na cor branco. Pela janela vi que T chegava com um amigo e escondi o sapato num canto do sofá. Ele subiu para o outro andar com o amigo e foram brincar com brinquedos.
Logo, nos dois dormimos, acordamos, levantamos e fomos sair. Eu usava minha camisola branca transparente e ele me viu iluminada por um raio de sol e disse que eu ficava linda.
Estava no pátio de um prédio, usando só a camisola branca e sem sapatos. Uma ambulância retirou um homem e logo depois uma criança, que era a acompanhante. De repente vi cacos de vidro no chão e numa parte elevada, minha filha brincava com muitos dos cacos de vidro. Logo começou a chover cacos de vidro e senti medo, queria me proteger, mas era difícil caminhar sem sapatos no meio de da chuva de cacos de vidro
Novo Caminho / Laercio

Duas semanas depois de encontrar (ou reencontrar, ainda não sei) a Willa na estação de trem e ter dado aqueles abraços e beijos tão quentes, praticamente isolados dentro de uma bolha mágica enquanto a multidão fluia a nosso redor, nos encontramos novamente.

Fomos a um motel perto do lugar aonde trabalho.

Ficamos sozinhos pela primeira vez onde pudemos conversar sossegados, e fazer amor. Como nunca antes.

A sensação foi boa e assustadora ao mesmo tempo. Como deve acontecer a todos os amantes, mas com a Willa algo especial aconteceu.

Em um momento, olhei dentro dos seus olhos... aqueles olhos, sorrindo para mim, e foi como uma névoa do passado se dissipando.

As memórias de um passado cheio de felicidade começaram a se descortinar.

Fiquei paralisado, perdido dentro daquele olhar que sorria para mim.

Durou menos de um segundo, mas parecia que séculos de história estavam contidos nele.

E a história era mais linda que o mais belo conto de fadas jamais escrito.

De repente a frase “o perder-se era muito parecido com o encontrar-se” começou a fazer sentido para mim.
Caetano e Bolsonaro / Hannap

Sonhei que eu e Caetano Veloso, entre outras pessoas, frequentávamos uma aula ministrada pelo Carlos Bolsonaro. Era uma aula em alguma faculdade.
Eu tratava muito mal o professor Carlos. Os meus colegas ficavam quietos. Eu xingava o professor de burro, ameaçava bater nele, saia da sala enquanto ele falava, corrigia ele o tempo todo.
Era constrangedor. Meus colegas também achavam um absurdo tudo o que o Carlos falava, mas se incomodavam ainda mais com a minha agressividade.
Leather Jacket / Kaneda

Estava numa sala de aula da qual nunca tinha estado antes, quando então me apareceu um rapaz e disse que tinha algo a me entregar. Trouxe em mãos uma jaqueta de couro e eu logo percebera que era a minha, sem mais ele a devolveu para mim e disse que tinha sido o pedido de uma menina. Como um flash, veio em minha mente o exato momento em que eu entregara a jaqueta para Arayan! Entristeci demais, fiquei deveras desapontado. A devolução da jaqueta era o sinal de que jamais nos encontraríamos novamente, pois anteriormente havia entregue como símbolo de nosso reencontro e que talvez nos amássemos novamente.
Fiquei muito consternado. Repensei o futuro, revisitei o passado.
Chorei. Saí da sala, tinha portas de correr como as salas de aula japonesas, e fui ao jardim.
Caí de joelhos e lágrimas sem controle escorriam pelos meus olhos.
Meu coração se desatou. Jamais sentira tamanha derrota pela vida, pela família e agora, pelo seu grande ex-amor.