Drömma

aisling . dream . rêve . sogno . sonho . sueño . traum . śnić
Drömma Dreaming Logger — Coleção de Sonhos — Sonhário
Lázaro e eu. / Lola

Um grande poeta havia morrido e só se falava nisso no rádio e na tv.Houve um velório público e eu fui "prestar as últimas homenagens".Qdo estava em frente ao caixão aberto ele abriu os olhos e se levantou.Ele parecia O Grande Lebowski,com uma barba comprida e cabelos longos e desgrenhados.Qdo ele se levantou do caixão,sorrindo para mim,todos ficaram surpresos,mas eu nem tanto,e todos diziam que ele havia acordado por minha causa.Eu fiquei feliz e fui abraça-lo e as pessoas me felicitavam dizendo que qualquer outra pessoa teria ficado com medo.Abracei o poeta e ele me passou uma cantada.As pessoas me aclamavam como se eu fosse uma espécie de heroína.
sangue / li

minha mãe tinha ido ao forum para se divorciar, levou junto a nossa inquilina, enquanto eu fiquei no apartamento com a filha dela. O apartamento ficava no bairro n.sra. lourdes, em sm, era uma rua muito tranqüila e bastante arborizada. Eu não tinha o que fazer enquanto esperava minha mãe. Resolvi ficar na janela vendo o anoitecer. Dali eu ouvia muitos ruídos de pássaros, grilos e diversos animais q eu não escutava há tempos. Achei o local agradável e calmo, até dava vontade de passar uns dias ali.

Logo mais, a inquilina retorna e fala que minha mãe demoraria mais, ‘problemas judiciários’, dizia ela. Esperei sentada na sala do apartamento, e percebi que a decoração era bastante pesada, muitos leques grandes pendurados nas paredes, quadros de purpurina e plumas. O silêncio daquela noite começou a me entediar e pensei que ‘aquela noite era bastante nick drake’. Eu vestia um pijama branco com listas verticais vermelhas, muito velho, era uma “roupa de espera”. Logo entra XY , sem nada falar, apenas com expressão de tédio no rosto. Perguntei para ele como era o seu sangue, ele apenas balançou a cabeça negativamente, perguntei se eu podia ver e ele estendeu seus braços para mim. Procurei um canivete e com cuidado cortei sua pele e fui afastando seus músculos até encontrar uma veia grossa lá no fundo. Peguei a veia que estava embaixo do osso e cortei-a também, assim pude ver que no sangue que circulava tinha pedaços de palha e finas tiras de veludo. Achei estranho e comentei que ele era feito como se faziam as bonecas antigas, que minha avó brincava qdo criança. Ele não falava nada e isso me incomodava e fazia aumentar o tédio daquela noite. Quando volto a olhar para ele, com surpresa, vejo que era ele quem vestia o pijama agora. Fiquei muito confusa com o silêncio e em saber quem era eu e quem era ele e como agora ele é que usava o pijama que era meu. Logo ele explicou que “o pijama estabelecia uma relação de continuidade entre nós, quando um começava, começava o outro também e tudo isso era a mistura das coisas , do apartamento, dos leques na parede, das tiras de veludo. tudo agora tinha listas vermelhas e brancas como as do pijama, e quando tudo isso terminasse, terminaria também a nossa existência e só assim o sangue ficaria limpo”. Achei o seu tom profético demais e percebi atrás de nós uma porta aberta, era um quarto com paredes azuis, onde um homem velho e muito gordo transava com uma adolescente.



a buzina / en_drigo

encontrei jb no alto da escada, reparei que ela estava muito bonita, disse isso a ela, que então desceu até onde eu estava. eu estava com pressa, o carro tinha ficado ligado e eu não poderia ficar muito tempo ali. ela saiu comigo e, curiosamente, eu estava no pátio do prédio baggio, que ficava na conde de porto alegre, onde morava o meu amigo guilherme, na infância. era um pátio pequeno, mas cheio de carros - que não estavam ali, antes, eu tinha certeza - e eu não entendia como tantos carros poderiam passar por um portão tão pequeno, que era o da entrada (e não se tratava de uma entrada para carros, mas pessoas). eu me apressei para pegar o meu carro, mas o trânsito naquele espaço pequeno ficou tão louco que os carros passavam uns por cima dos outros.



e quando finalmente saí - sem saber ao certo como fiz - um dos automóveis estava para colidir no meu, dando buzinadas com uma buzina igual a buzina do chacrinha. mas aí era tarde, eu estava mesmo em uma bicicleta, usando rider, que escorregavam, e eu insistia em dar carona a jb, que não me dava bola.
cremes / li

Estava com muito sono, então fui ao banheiro escovar os dentes e passar creme no rosto antes de deitar. Porém o sono q sentia era algo incontrolável, pouco tinha controle do q eu precisava fazer, tudo era difícil, eu estava muito mole. Rapidamente peguei um creme qualquer e apliquei no meu rosto. Quando olhei minha imagem no espelho, percebi que minha pele estava muito bonita, fiquei fascinada com a textura, com o brilho e a sua cor, era algo que chamava a atenção. Assim, perdi todo o sono e, desesperadamente, comecei a procurar qual seria o creme que eu tinha usado, no meio de tantos.
leg / li

eu fazia cooper na beira do guaíba, junto do michel melamed, q usava uma camisa do inter e suava muito. Ele me contava tudo sobre a história do time e mostrava pessoas que eram torcedoras, que naquele momento passavam perto de nós. Corremos até chegar em uma pequena casa de madeira, onde entramos e fomos dormir, no quarto ao lado dormia a angélica, grávida novamente, e o luciano huck. Ao deitar vi que estava no quarto do meu antigo apartamento, e no meu quarto havia uma cama e um colchão no chão, onde eu estava. Achei estranha a situação e dormi abraçada com o melamed. Logo, acordei, e senti q eu estava atrasada para ir para floripa, tinha passagem aérea comprada para os próximos minutos, porém estavam na sala da minha casa a Karin e o Gonzalo. Carreguei as malas até a porta e Karin, muito séria, falou q eu não poderia me atrasar, pois meu vôo era ‘jet-leg’, mais confortável, com direito de assistir um filme antes da partida, e por isso mais caro. Mesmo sem eu saber exatamente como era um vôo ‘jet-leg’, concordei com o q dizia. Qdo entrei na sala de embarque, percebi que tinha esquecido minha bolsa, voltei até minha casa para pegá-la e qdo retornei à sala de embarque, fui barrada por uma funcionária, pois estava atrasada, e clientes ‘jet-leg’ não podem se atrasar nunca, dizia ela. Briguei muito com a funcionária responsável enquanto havia uma forte tempestade do lado de fora.
dentro do dromma / en_drigo

sonhei com algo impressionante, muito, muito louco, um sonho incrivel, tao interessante que eu nao poderia esquece-lo, porque eu deveria posta-lo no dromma, quando acordasse.
/ en_drigo

na tv, aparecia o close da bunda de uma menina; era estranho, pois apesar de aparecer a linha que separa as nádegas muito nitidamente, via-se que a menina não tinha cu: uma pele lisa, no lugar dele, ficava ali escondida, entre cada uma das bandas da bunda.



sem cu, muito esquisito. ocorreu-me pensar como era o resto da menina. nesse momento, a câmera abre para um plano aberto e eu já não a vejo na tv e, sim, na minha frente. a menina não tinha cu, mesmo, e o resto do corpo era inchado, deformado, não era possivel ver as suas mãos tal o inchume e ela tinha os cabelos muito compridos, despenteados, usando-os sobre a cara, como se quisesse escondê-la.
Eixo magnético deslocado / dmtr

Os cientistas ja vinham avisando no jornal sobre o deslocamento do eixo magnético terrestre, mas já era algo normal, ninguém dava muita bola. Eles falavam que as consequencias seriam inesperadas, desde simples mudanças na coloração do céu, até catástrofes estranhas.

Uma madrugada amanhecendo, eu estava chegando na casa dos meus pais (que era quase no campo), e de repente começou a amanhecer e anoitecer muito rapido. Quando eu comecei a olhar as estrelas elas ficaram se mexendo muito rapido, pra um lado e pro outro, todas no mesmo eixo. vi que era uma especie de "terremoto" em torno do eixo magnético. Fiquei muito assustado pois eram só as estrelas mexendo, nao havia abalo sísmico nem nada.

Fui andando meio rápido pra casa, no céu se formaram umas nuvens bastante carregadas cor de chumbo com uma luz amarelada no meio. muita gente corria, fugia, se abraçava, pensavam que o mundo ia acabar, falavam em profecia.

eu cheguei correndo em casa gritando pra todo mundo acordar e assistir ao deslocamento do eixo, tão falado.

Depois da euforia eu fui tentar reencontrar algumas pessoas pra ver se estava tudo bem com elas. Comecei a conversar com alguns e me dei conta que algo muito errado havia passado.

Pra metade da população da terra haviam passado 10 anos, naquele minuto, pra outra metade foi normal.

Fiquei muito assustado, eu queria ver a Agus, saber se tinha passado pra ela um minuto ou 10 anos, e comecei a procurar na cidade, perguntando pras pessoas.

cheguei na casa onde disseram que ela morava, e me atendeu um professor magro de uns 40 anos. perguntei pela Agus e ele chamou ela.

quando ela apareceu tomou um susto ao me ver, ficou bastante apavorada, assim eu comecei a entender o que havia passado. já reconhecia algumas marcas de idade no rosto dela, e ela estava bastante diferente. Estava bronzeada, tinha uma tatuagem de dragao que ocupava todas as costas, tinha amputado os dois mindinhos, igual nas duas mãos, e passava o dia praticando uma arte marcial com dois garfos curtos.

Notei que ela estava casada com o professor. eles moravam numa casa estilo mexicana, com uns muros baixos pintados de cal, era uma casa grande e bonita. fiquei com um sentimento esquisito, não era tristeza mas perplexidade diante de fenômeno tão raro da natureza.
frank duplo / dmtr

alguem parecido com o frank jorge cantando uma musica que dizia "antes que ela esqueça o meu nome e eu, o sobrenome dela" que visivelmente tinha duplo sentido

filme embaixo dágua / li

Saí de dentro de um cinema, no meio do filme com minha colega Tai e fomos caminhar pela cidade. Acabamos indo para um condomínio luxuoso onde encontramos a Maria Fernanda Cândido. Ficamos nós três por ali, comendo algumas frutas, morangos e maçãs. Logo decidimos voltar ao cinema para terminar de ver o filme que antes assistíamos. Chegamos na entrada do cinema, que ficava no topo de um edifício muito alto no centro da cidade. Para entrar no cinema tínhamos que descer por uma escada de metal por dentro de uma caixa d’agua. Foi então que percebi que antes assistíamos o filme embaixo d’agua, por isso a imagem do filme era turva e por isso eu não me sentia bem. A Maria Fernanda Cândido desceu pelas escadas normalmente e eu era a próxima a descer, mas ao sentir meu corpo submerso, voltei e pedi para a Tai descer antes de mim. Fiquei desconfortável com essa situação e não conseguia entender como as pessoas conseguiam assistir um filme sem respirar e totalmente submersas na água em um local tão escuro. Fiquei pensativa ali no terraço do prédio, analisando se eu conseguiria. Olho para o lado e vejo o Antônio Fagundes me observando, pelo seu olhar ele fazia eu acreditar que eu tinha que fazer uma escolha: ou entrava no cinema dentro da caixa d’agua ou teria que me jogar do topo do prédio.